BRIGA POLÍTICA?

Presidente da Câmara de Araguapaz atira na direção de servidor da prefeitura

O presidente da Câmara Municipal de Araguapaz, Amaury Germano de Lima (PSC), sacou uma arma…

Presidente da Câmara de Araguapaz atira na direção de servidor público
Presidente da Câmara de Araguapaz atira na direção de servidor público (Foto: Reprodução)

O presidente da Câmara Municipal de Araguapaz, Amaury Germano de Lima (PSC), sacou uma arma e atirou, durante uma briga, na direção de um servidor público. O caso aconteceu na noite de sábado (29), em um bar, e ninguém se feriu.

A briga, segundo informações, começou por razões políticas. A confusão, vista em registro de câmera de segurança, tem início com a chegada de Amaury, de carro.

Antes mesmo dele descer do veículo, o diretor de Recursos Humanos da prefeitura, Ciro da Rocha, se aproxima do veículo. O presidente da Câmara desce do carro neste momento e saca uma arma.

Depois disso, ele se afasta do servidor e atira na direção dele, mas no chão. A Polícia Civil (PC) já instaurou procedimento e começa as ouvir as testemunhas. A motivação específica ainda não foi esclarecida.

Informações da Polícia Civil

Ao portal, a Polícia Civil informou que Ciro registrou em Mozarlândia (delegacia responsável pela região) uma ocorrência de disparo de arma de fogo. Segundo o servidor declarou à polícia, o vereador teria pedido à secretária de Administração para demiti-lo.

Ainda segundo Ciro, quando ele estava em um bar, o dono do estabelecimento perguntou se o caso era verdade. Ele confirmou e o empresário teria ligado para Amaury. O presidente da Câmara negou.

O servidor, que também conversou com o vereador durante a ligação, disse que ele deveria “ser homem”, de acordo com a PC. Foi então que o presidente da Câmara foi para o bar, onde tudo ocorreu.

O próprio Ciro afirmou que o tiro foi no chão, mas na direção dele. À polícia, ele afirmou que a bala poderia ricochetear e acertá-lo ou a outra pessoa.

Próximos passos

A polícia já ouviu Ciro e uma testemunha. O dono do bar e a secretária da prefeitura também irão depor, assim como o próprio presidente da Câmara.

Informações preliminares são de que o vereador possui licença de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). A corporação, porém, vai apurar o porte e a validade e o porquê dele estar com ela naquele momento.

A PC ainda não informa as motivações que geraram toda a briga entre os dois, bem como as alegações de Ciro.

O portal tentou contato por telefone e por e-mail na prefeitura da cidade, inclusive em busca do contato do servidor, mas não teve retorno. O Mais Goiás também ligou para a Câmara municipal, porém o número só chamou. O site também tenta contato com o vereador. O espaço segue aberto.

Atualização: versão de Amaury

Amaury informou ao portal que fez, nesta tarde, uma ocorrência contra o servidor na delegacia de Araguapaz por agressão e ameaça. Ele explicou que chegou de Goiânia e parou em frente ao bar para comprar um refrigerante – de acordo com o parlamentar, o servidor não ligou para ele.

“Antes de eu sair do carro me abordou, me agredindo. Eu saí e recuei mais de 100m até a outra esquina, pedindo para ele parar. E ele dizendo que ia me bater.”

O presidente da Câmara disse, ainda, que nunca atirou em ninguém e também não disparou contra Ciro e nem apontou para ele. “Atirei no chão, foi alto defesa. Ele veio para cima de mim. Eu corri para não apanhar e se precisar, corro de novo.”

Ele reforçou que é “CAC” e a arma é registrada. “Eu posso transportar para ir a clube de tiro. Em Goiânia, fui no clube de tiro”, revelou.

Briga política

Ainda segundo Amaury,  a questão foi briga política. Ele declarou ao Mais Goiás que o pai do servidor é o ex-prefeito Da Rocha.

“Desde 2012 eles não colocam o balancete para ser votado. O TCM me oficializou para votar e se eu não colocasse, dava improbidade para mim e para os outros vereadores. Aí coloquei e abri espaço para o pai dele e outros prefeitos fazerem a defesa. Isso que gerou a briga.”

Sobre o pedido de demissão, o presidente disse que nunca o fez. “Bem antes disso, eu, como vereador, pedi para o prefeito fiscalizar a conduta dele, porque ele é chefe de RH. Não sou a primeira pessoa que ele briga.”