Presidente do Banco Central explica juros altos em comissão no Senado
Campos Neto foi à CAE a convite de senador de Goiás
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, falou à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, nesta terça-feira (25). O convite foi feito pelo presidente da Comissão, o senador goiano Vanderlan Cardoso (PSD-GO), e teve como objetivo ouvi-lo sobre as razões pelas quais o BC está mantendo a taxa de juros em 13,75%.
Segundo Campos Neto, o BC não pode reduzir os juros de forma artificial, pois além de haver perda de credibilidade no mercado, também faria com que os juros subissem de forma mais acelerada posteriormente. “O Banco Central não define a meta de inflação. Nós apenas perseguimos essa meta. Então não se pode alterar a taxa de juros artificialmente, pois o mercado não iria assimilar essa ação. O Banco Central atua de forma técnica”, disse.
O senador Vanderlan Cardoso, presidente da Comissão, destacou a importância da participação de Campos Neto na CAE. “A taxa Selic está nesse patamar não apenas nesse governo. A alta da taxa de juros começou antes disso. Em 2022, já com autonomia formal, o Banco Central também resistiu à enorme pressão política pela redução artificial dos juros durante o período eleitoral. Hoje, frente a um novo governo, resiste novamente, e mantém a indispensável firmeza na condução da taxa básica de juros. Foi nesse cenário que convidamos o presidente do BC para explicar as razões para a manutenção da taxa de juros nesse patamar”, disse o senador goiano.