Desvio de dinheiro

Presidente e vice da Câmara Municipal de Cachoeira Dourada têm prisão decretada

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) decretou nesta terça-feira (03) a prisão do presidente…

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) decretou nesta terça-feira (03) a prisão do presidente da Câmara Municipal dos Vereadores de Cachoeira Dourada, Roberto Carlos de Castro. O vice dele, Alex Sander Sousa Alves, e outras cinco pessoas, também tiveram a prisão preventiva decretada.

São eles: o vereador João Batista de Souza, o servidor Adeir João da Silva, os empresários Iris Domingos da Costa, Gilberto de Almeida Leles e Gilberto Francisco e Silva. A decisão é da juíza substituta Laura Ribeiro de Oliveira. Alguns investigados já haviam sido presos na Operação Quinta Geração, do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), em setembro.

Euclydes Prioli Junior e Juscelino José Garcia, também investigados, estão terminantemente proibidos de entrar na Câmara de Cachoeira Dourada. Juscelino, que é assessor parlamentar na Casa, ainda deve ser afastado de sua função no prazo de cinco dias.

A juíza aponta a existência de um suposto esquema de desvio de dinheiro público que existiria desde 2014, definido por ela como um “verdadeiro ‘mensalinho’”. “De fato, a vasta documentação apreendida não deixam dúvidas quanto à prova da materialidade do delito de integrarem organização criminosa”, afirma a decisão.

As investigações ainda apontam que a Câmara contrataria empresas sem licitação e sem necessidade do serviço. Dentro do esquema, parte do valor pago era devolvido como propina. Tudo teria sido feito com conhecimento e participação de Roberto e Alex Sander.

Dentre as empresas contratadas neste esquema estariam a Goiás Técnica Contábil e Conduta Assessoria e Consultoria, que possivelmente pertencem à mesma família. O valor do contrato seria de R$ 34 mil.  Nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2017, a empresa teria devolvido R$ 12 mil como propina. De abril a dezembro, a quantia teria sido R$ 9 mil.

“Intrigante é a conclusão do referido relatório quanto aos fortes indícios de que seus sócios [da Goiás Técnica Contábil e Conduta Assessoria e Consultoria] continuam lá atuando por meio de outra”, afirma a juíza na decisão. A nova empresa seria a Pública Contabilidade.

Até o fechamento da notícia, o Mais Goiás não conseguiu contato na Câmara de Cachoeira Dourada, cujo funcionamento é das 08h às 13h.