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Produtora promete processar Denise Carvalho, candidata ao Senado, por dívida

Um dos sócios da produtora Epicentro denuncia que a candidata ao Senado Denise Carvalho (PCdoB)…

Produtora diz que Denise Carvalho recebeu material de campanha, mas não pagou os trabalhos; candidata nega
Produtora diz que Denise Carvalho recebeu material de campanha, mas não pagou os trabalhos; candidata nega (Foto: Divulgação)

Um dos sócios da produtora Epicentro denuncia que a candidata ao Senado Denise Carvalho (PCdoB) contratou a empresa para a pré-campanha e campanha, mas não pagou pelo serviço, apesar utilizar o material gráfico e eletrônico produzido. Segundo esta pessoa, que preferiu não ter o nome revelado, a candidata quitou metade do valor combinado para a pré-campanha, que foi até a convenção (5 de agosto), mas depois não repassou mais nenhum valor.

Ainda segundo o sócio, a questão será resolvida na Justiça. Serão acionados: o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO), o Ministério Público Eleitoral (MPE) e justiça comum, onde serão pedidos, também, danos morais e materiais.

Ao informar o ocorrido, a fonte diz que, em julho, o esposo da candidata procurou a produtora para orçar a pré-campanha e a campanha. Logo se iniciou o trabalho da primeira, tendo sido acertado metade do valor. O objetivo era consolidar Denise como única candidata da federação (PT, PCdoB e PV), o que ocorreu, na convenção.

A partir do dia 6, teve início o trabalho de produção do material, inclusive jingle e identidade visual, para utilização nos programas eleitorais. Segundo o sócio, ainda não havia assinatura neste momento, somente acordo tácito. As cobranças pela produção, todavia, eram intensas. “Temos fartas provas de conversas no WhatsApp e e-mail. Contratamos mais pessoal para dar conta de tudo até o dia 16, quando oficialmente começaria a campanha. Na data, estava tudo pronto.

O pagamento pela campanha deveria ocorrer no dia 21 de agosto, mas durante os dias que antecederam o início da campanha, havia sempre uma desculpa para assinatura do contrato, que poderia ser da candidata, do partido ou da federação. Ao fim do prazo, contudo, a informação é que utilizariam a estrutura do candidato ao governo de Goiás pela federação Wolmir Amado (PT), pois o PCdoB não iria arcar.

“Mas no dia 16 já tínhamos entregado todo o material. Fizemos mais de 38 vídeos somando o período da pré-campanha e da campanha.  Foram 20 pessoas na campanha do dia 6 ao 16. Não nos pagaram a metade que faltava da pré-campanha e nem a campanha. Chegamos a oferecer que pagasse pelo menos metade do combinado. Já tínhamos entregado folder, bandeira, etc.”

Ainda segundo o empresário, a candidata segue usando todo o material produzido. Questionado se a procura por uma solução extrajudicial continua, a fonte afirma que ela não responde mais.

Resposta

O Mais Goiás pediu um posicionamento da assessoria da candidata às 16h26 de quinta-feira (15). Nesta manhã de sexta (16), foi informado que o comunicado da coordenação de campanha seria enviado às 16h. Eles, então, disseram ter pago a dívida nesta data e enviaram a seguinte nota:

“A campanha Denise Carvalho para o Senado pelo PT, PCdoB, PV e PSB, por seu advogado, infra-assinado, esclarece que, em razão de desavença comercial quanto ao preço dos serviços de publicidade realizados pela empresa Geração Santa Edições e Publicações Eirelie realizou diversas tentativas de chegar a um comum acordo.

Após frustradas essas várias tentativas de acordo, a campanha Denise Senadora completou na data de hoje o pagamento de R$ 39.000,00, sendo que R$ 9.000,00 (nove mil reais) já foram depositados na conta da representante oficial da empresa e o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) pagos hoje, mediante conta específica para depósito de consignação em pagamento.

A campanha Denise efetua, portanto, o pagamento do valor que considera justo e repele tentativas de ataque político-eleitoral, podendo utilizar em sua defesa, caso necessário, os instrumentos legais cabíveis.”

O sócio da empresa foi novamente procurado e afirmou que não tem notícia do pagamento. Ele reforça que só foi quitado R$ 9 mil dos R$ 18 mil combinados para a pré-campanha.