Reforma agrária é tema de audiência pública na Alego
Debate foi proposto pelo deputado Mauro Rubem (PT)
Em meio ao acirramento do tema no Brasil nas últimas semanas, “A Violência no Campo e o Papel do Estado” foi tema da audiência pública que ocorreu na manhã desta terça-feira, 2, na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (2), por iniciativa do deputado Mauro Rubem (PT).
O encontro debateu os desafios das famílias acampadas em Goiás e propôs soluções para as violações de direitos humanos dessas pessoas em situação de vulnerabilidade social.
O deputado Mauro Rubem disse que o desequilíbrio da terra é nocivo para toda a humanidade. “Defendo a reforma agrária, defendo a finalidade social da terra. Precisamos, de maneira civilizada, dialogar”, afirmou ele.
Representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT) – Campo Unitário Goiás, Saulo Reis denunciou “o aumento assustador da violência contra lideranças de movimentos sociais e relatos de pistolagem em várias regiões do estado”. Segundo ele, essa “violência é praticada tanto por fazendeiros e suas contratações de empresas privadas que agem como jagunços, quanto por “alguns funcionários das fazendas”.
A diretora de mediação e conciliação de conflitos agrários do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Cláudia Maria Dadico, destacou que “denúncias realmente muito preocupantes e muito graves” relacionadas à violência no campo chegam ao órgão.
A deputada Bia de Lima (PT) disse que é preciso avançar nas políticas públicas que foram perdidas ao longo dos últimos anos. “A hora de reconstruir é agora, para termos perspectivas de crescimento e fazer com que a terra cumpra seu papel social”, disse.
O defensor público do Estado de Goiás, Tairo Esperança, disse que “precisamos atuar para garantir a paz no campo, mas reconheço que esse tema sobre a violência e o papel do estado é um tema muito difícil”.
O desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), Anderson Maximo, apontou que as mudanças em defesa dos pequenos produtores são importantes, inclusive as simbólicas.
O superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Goiás, Elias D’Ângelo, afirmou que não se combate a luta da reforma agrária com violência.
(Com informações do site da Alego)