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PRF recebeu aditivo de R$ 3 mi para fiscalizar ônibus de eleitores no 2º turno de 2022

Planejamento para dois turnos mudou após resultado que deu vantagem a Lula

Moraes manda soltar o ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques
Moraes manda soltar o ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques (Foto: Carolina Antunes - PR)

Após o resultado do primeiro turno das eleições de 2022, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) recebeu um aditivo de R$ 3 milhões para ações na segunda etapa do pleito. A informação é de um relatório do Ministério da Justiça que foi entregue à Controladoria Geral da União (CGU), na quinta (20). Os dados foram apresentados pelo ministro Flávio Dino (Justiça).

Segundo informado, o Ministério da Justiça e Segurança Pública aprovou, ainda em setembro, um planejamento de operação para os dois turnos. Após o resultado do primeiro, contudo, o governo determinou um planejamento específico para o segundo.

“Após o primeiro turno, a PRF informou à CGU que houve uma determinação de que houvesse um planejamento específico para o segundo turno, que houvesse alocação de mais dinheiro para fortalecer a operação no segundo turno. E assim foi feito, a PRF cumpriu, foi realizado um novo planejamento, com mais R$ 3 milhões para essa operação no segundo turno”, informou Dino.

À época, Anderson Torres estava à frente do Ministério da Justiça. Ele foi preso preventivamente dias após os atos golpistas de 8 de janeiro contra os três Poderes, em Brasília, por suspeita de conivência. Ele estava no cargo de secretário de Segurança Pública do DF. Naquele momento, o bolsonarista Silvinei Vasques comandava a PRF. Ele foi exonerado do cargo por Bolsonaro ainda dezembro.

Além disso, Vasques é investigado pela Polícia Federal (PF) por blitz realizadas nas eleições. Durante o pleito, policiais parava, veículos de eleitores, apesar da proibição pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele também é réu por pedir votos indevidamente ao então candidato Jair Bolsonaro.