Reeleita deputada federal, Flávia Morais vai manter a defesa pelas mulheres

Flávia Morais (PDT), a segunda deputada federal mais bem votada em Goiás, quer um mandato para avançar na defesa dos direitos das mulheres. Reeleita com dez mil votos a mais que na eleição passada, ela celebra, também, o aumento da bancada feminina na Câmara de Deputados, em Brasília. Até 2022 serão 77 mulheres no Legislativo brasileiro.

“Os dois principais desafios que nós temos: aumentar a participação das mulheres na política e o enfrentamento à violência”, diz Flávia. Ela ainda pontua necessidade de melhoria no atendimento das delegacias e maior facilidade na expedição de medidas protetivas.

Para garantir a segurança de mulheres que sofreram algum tipo de violência e denunciaram o agressor, Flávia tem um projeto, já em tramitação. A ideia é que a autoridade policial possa emitir medida protetiva logo após o boletim de ocorrência. A intenção é proteger as vítimas sem que elas dependam da burocracia do processo e da autorização de um juiz.

“Muitas vezes, a mulher vai buscar a proteção sábado à noite. Se não tiver um juiz de plantão, ela vai esperar até segunda-feira. Às vezes ela não chega até segunda-feira. É o afastamento imediato”, afirma. Ela ainda explica que a intenção é criminalizar o não cumprimento da medida protetiva, o que não ocorre hoje.

A longo prazo, a intenção é trabalhar com a educação de jovens e crianças para prevenir a violência contra as mulheres. E de mostrar que, atualmente, há a mulher moderna, que tem independência. “Um processo educacional onde o homem entenda e conviva com essa mulher, que tem vontade própria e autonomia”, explica Flávia.

Continuidade

Segundo Flávia, o objetivo é dar continuidade ao mesmo estilo do mandato anterior, “mantendo a coerência”. A deputada, que votou a favor do impeachment ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e da instauração do inquérito contra o atual presidente, Michel Temer (MDB), ainda fala da necessidade de projetos que envolvam esporte e educação no combate ao uso de drogas por jovens e adolescentes.

Ela também é defensora da emancipação de municípios e extinção de alguns distritos para facilitar a burocracia e transferência de verbas; e de uma lei que cria o prazo máximo de 60 dias para o início do tratamento de pacientes com câncer.

Em relação à presidência da Câmara, Flávia Morais vai depender de um alinhamento com o partido do qual ela e Ciro Gomes, que concorreu à Presidência da República, fazem parte: o Partido Democrático Trabalhista. Contudo, afirma que é positivo para o Estado de Goiás apresentar dois nomes que inicialmente estariam na disputa: delegado Waldir (PSL) e João Campos (PRB). “. Vamos aguardar para ver a evolução disso. “Esse tipo de votação] envolve muito a questão partidária. Não é pessoal”, finaliza.