Segurança é educação

Não dá para continuar enxugando gelo e adiando soluções. Muito se fala sobre a insegurança, especialmente nos grandes centros. A sociedade convive com todo tipo de crime. É desvio de verba pública, estelionato, explosão de caixa eletrônico etc etc etc. Tem solução? Parece que sim. É fácil? Não.

Especialistas sempre afirmam que as desigualdades acabam encaminhando pessoas para o crime. É uma verdade nesta história. Como explicar a entrada no crime por jovens que tem boas escolas, famílias aparentemente estruturadas?

Tudo passa pela educação, no seu conceito mais amplo. Todos os países que conseguiram se desenvolver invadiram maciçamente em educação. É o caminho para a consolidação de valores, formação de caráter e o acesso às oportunidades de trabalho e renda existentes. Resolve tudo? Claro que não. Mas ó caminho. O princípio de todo caminho.

A educação tem que ser consagrada como direito de todos. Na essência. E não apenas por letra morta em alguma lei ou slogan de governo. É preciso investir na estrutura das escolas, na valorização dos profissionais e na indicação de caminhos. É preciso um projeto estratégico que culmine na formação de profissionais que a sociedade precisa. Por sua vez, o mercado tem que gerar as vagas necessárias para a valorização do trabalho.

Afinal de contas, é essa falta de caminhos, aliada à má formação que leva as pessoas a buscar o caminho mais fácil do crime para satisfazer necessidades básicas.

Pode ser que o investimento em educação leve também a classe política entender que dinheiro público é de todos e não de qualquer um. São lições e posições que o país precisa do tomar. Do contrário, vamos continuar enxugando gelo e torcendo para que nada de mal aconteça com os mais próximos. Torcer e rezar. É o que nos resta hoje