Goiás

“Segurança Pública também se faz com investimentos em inteligência e tecnologia”, afirma José Eliton

Não podemos vincular a atuação do aparato de segurança pública apenas ao contingente policial. O…

Não podemos vincular a atuação do aparato de segurança pública apenas ao contingente policial. O combate à criminalidade também se faz, principalmente, com investimentos em inteligência e tecnologia”, disse o vice-governador e secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, José Eliton, durante entrevista ao Balanço Geral DF, da TV Record Brasília, na edição desta segunda-feira (27/6). Ele seguiu para o estúdio logo após cumprir compromissos em Padre Bernardo, pela manhã.

De acordo com José Eliton, com o passar do tempo os criminosos tentam aperfeiçoar suas ações. “Porém, muitas pessoas ainda se prendem apenas ao número de policiais nas ruas, o que não deixa de ser importante, mas precisamos nos antecipar aos fatos e agir antes dos bandidos”, enfatizou.  

Ao apresentador Henrique Chaves e telespectadores, o vice-governador e titular da SSPAP falou das iniciativas, ações e projetos da SSPAP que beneficiam o Entorno do Distrito Federal, como políticas de segurança do estado de Goiás que unem inteligência, ações preventivas, ostensivas e repressivas no enfrentamento aos crimes praticados nos municípios da região. “Trabalhamos incessantemente para reduzir os índices criminais em todo o Estado, afirmou.

José Eliton falou também dos investimentos em armamentos e novos equipamentos que recentemente foram destinados a municípios goianos que ficam próximos à Capital Federal. “Somente em Luziânia entregamos, nos últimos dias, 70 submetralhadoras, 704 pistolas semiautomáticas e 484 coletes antibalísticos modelo feminino”, relatou ao lembrar a todos que, conforme anúncio feito por ele no início deste mês, a região receberá em breve um batalhão das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitana (Rotam) da PMGO.

Repressão permanente

O vice-governador e titular da SSPAP aproveitou a audiência do programa para citar a integração entre as forças policiais, com operações permanentes, que tem resultado em curva descendente nos índices de criminalidade em todas as regiões do Estado. “Não queremos um declínio [dos índices de criminalidade] provisório, mas definitivo, consolidado”, pontuou ao enfatizar que a redução dos crimes ocorre também nas cidades goianas do Entorno do Distrito Federal. “Estamos investindo cada vez mais no serviço de inteligência e no aparato de tecnologia”, assegurou José Eliton.

De acordo com José Eliton, outra medida importante e que tem contribuído com a “quebra” do crime organizado no estado é a repressão ao uso e comércio de drogas e o tráfico de mercadorias. “Precisamos cortar o financiamento das ações criminosas. Temos dados reais que afirmam uma relação alta entre os crimes cometidos e o tráfico de entorpecentes”, relatou.  “Também fechamos, na Capital e Região Metropolitana, mais de cem estabelecimentos que vendiam peças roubadas de carros. Ou seja, o bandido que roubar ou furtar um veículo já sabe que os locais onde ele venderia as peças estão fechando. Esta ação desestimula os criminosos”, exemplificou.

Por fim, o vice-governador e secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária falou da proposição, no âmbito do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central, da integração dos serviços de inteligência e ações entre os estados que o compõem (GO, RO, MA, MS, MT, DF e TO), visando o combate ao crime organizado. “Nosso foco é trabalhar com compartilhamento de informações e, com isso, reprimirmos o crime organizado”, ressaltou. “Esse será um modelo pioneiro no País”, acrescentou.

Ele explicou que o Comitê de Inteligência que congregará iniciativas destes sete estados será oficialmente instalado a partir do dia 1º de julho próximo, sexta-feira. O Distrito Federal o sediará neste primeiro ano de funcionamento. José Eliton foi um dos principais articuladores da criação deste comitê; as tratativas começaram em Palmas (TO), onde ele capitaneou reunião com secretários de Segurança Pública dos estados que integram o consórcio.