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Senado aprova PEC que viabiliza pagamento do piso salarial de enfermagem

O texto já passou pela Câmara dos Deputados, e, agora, segue para promulgação

Senado aprova PEC que viabiliza pagamento do piso salarial de enfermagem
Senado aprova PEC que viabiliza pagamento do piso salarial de enfermagem (Foto: Jucimar de Sousa - Mais Goiás)

O Senado Federal aprovou por unanimidade, nesta terça-feira, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que define de onde sairão os recursos para complementar o salário de profissionais de saúde até o mínimo criado com o piso de enfermagem. Os valores serão pagos pela União aos estados, aos municípios e ao Distrito Federal.

A PEC vale para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras do setor público, de entidades filantrópicas e de prestadores de serviço com atendimento mínimo de 60% de pacientes do SUS. Agora, ela segue para promulgação.

— Tanto a Câmara quanto o Senado correram contra o tempo neste fim de ano para resolver todos os impasses que envolvem o piso. Agora, esperamos que o poder judiciário possa agir com a mesma celeridade, pois não existe mais nenhum obstáculo para a concretização da nossa conquista — celebra a presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Betânia Santos.

O piso da enfermagem, aprovado pelo Congresso Nacional, está suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF), devido ao debate sobre a responsabilidade pelos custos dos novos salários destes profissionais. Autor da decisão, o ministro Roberto Barroso argumentou que a fixação de um piso sem fonte de recursos causaria demissões no setor.

— Essa é uma importante conquista da categoria em favor da resolução dos questionamentos quanto às fontes de custeio. Com mais este avanço, esperamos que o STF aprecie os pedidos de urgência e revogue imediatamente a suspensão da Lei 14.434 — afirma o relator da PEC, senador Fabiano Contarato (PT-ES).

Pela lei suspensa, os enfermeiros receberiam a partir de R$ 4,7 mil; técnicos de enfermagem, no mínimo R$ 3,3 mil; e auxiliares e parteiras R$ 2,3 mil.