Senador do “dinheiro na cueca” pede que STF arquive inquérito
Defesa diz que o trabalho investigativo está longe de indiciar qualquer tipo de participação do congressista em fraudes licitatórias
O senador do “dinheiro na cueca”, Chico Rodrigues (DEM), pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) arquivasse o inquérito contra por falta de justa causa penal. Vale lembrar, a Polícia Federal (PF) flagrou Chico com R$ 30 mil na cueca durante uma operação, em outubro do ano passado.
A PF investiga Chico Rodrigues por supostamente participar de um esquema de desvios de recursos destinados a Roraima para o combate da pandemia. Segundo o inquérito, inclusive, ele seria um “gestor paralelo” da pasta estadual de Saúde.
Repercussão do “dinheiro na cueca” em Goiás
Além do problema para Chico, o caso também repercutiu em Goiás, após o então candidato à prefeitura de Goiânia, senador Vanderlan Cardoso (PSD), defender o colega.
No áudio, divulgado pelo Mais Goiás em 16 de outubro de 2020, Vanderlan defende o Chico Rodrigues (DEM) contra a interferência do STF. “Não podemos aceitar essa interferência, decisão absurda de um ministro do Supremo, que tomou decisão autoritária.”
Naquele momento, a assessoria do goiano disse que ele não defendeu “o senador do dinheiro na cueca”, mas a instituição Senado, que tem a competência de afastar ou não um congressista.
Pedido da defesa de Chico
Ainda sobre o pedido de Chico, a defesa diz que o trabalho investigativo está longe de indiciar qualquer tipo de participação do congressista em fraudes licitatórias. “Todas as mensagens em que o parlamentar figura como interlocutor denotam um nítido interesse público, sempre na tentativa de suprir, na medida do possível, as carências da população roraimense diante da manifesta ineficiência do Governo estadual para aquele desiderato”, informa a defesa.
Ainda de acordo com os advogados, os relatórios da PF são amparados “na tentativa de comprovar relação com pessoas, com representantes de empresas, com membros da Administração Pública estadual, e outros, como se o mero contato do parlamentar com certas pessoas já o colocasse sob a pecha de suspeito”. Inclusive, a defesa afirma que a apuração desistiu de tentar provar que o congressista está envolvido em fraudes licitatórias por “absoluta ausência de indícios naquele sentido”.