Conspiração?

Sociedade secreta que ameaçou Bolsonaro é alvo de operação da PF

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira (31/12), uma operação cujo alvo é um…

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira (31/12), uma operação cujo alvo é um grupo terrorista chamado Sociedade Secreta Silvestre. A ação, que teve apoio da Polícia Civil do Distrito Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em Goiás e São Paulo.

O grupo fez ameaças de um possível atentado na cerimônia de posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), que será nesta terça-feira (1º).  As investigações seguem sob segredo de Justiça “para a apuração do crime de associação criminosa, além de outros ilícitos que possam a vir a ser identificados no decorrer das ações”, diz a PF.

O grupo também reivindicou a confecção e o abandono de um explosivo próximo ao Santuário Menino Jesus em Brazlândia, na véspera de Natal (24). O artefato não explodiu e o Bope foi acionado para destruí-lo. As informações são do Portal Metrópoles, de Brasília.

O grupo postou um vídeo do explosivo antes de ser colocado ao lado da igreja em Brazlândia. Foi isso o que deu início às investigações, logo depois do natal. As ações da sociedade secreta são divulgadas no site Maldição Ancestral. “Somos a Máfia Eco-extremista, a maior ameaça terrorista latente crescente no mundo”, diz um dos posts.

A sociedade também assume autoria de outros atentados ao redor do mundo. México, Argentina, Chile, Grécia, Reino Unido e Espanha também estariam na rota.

Bolsonaro

“Deixamos subentendido de que podemos atacar durante a posse do eleito. O que podemos dizer é, nós temos sim a capacidade de atentar dia 01 e causar grandes danos e mortes”, diz um dos textos.“Se a facada não foi suficiente para matar Bolsonaro, talvez ele venha a ter mais surpresas em algum outro momento, já que não somos os únicos a querer a sua cabeça”, diz outro trecho.

A Sociedade Secreta Silvestre ainda afirma que é um grupo antipolítico, que não é de esquerda ou de direita, e que o alvo não é exclusivamente o presidente eleito. “Por mais que tenhamos um ódio particular a este estúpido devido as suas posições em relação ao ‘meio ambiente’, nosso objetivo é muito maior que ele.”

A futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, e o presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o cardeal Dom Sérgio da Rocha, também são ameaçados nas postagens.

Neste domingo (30), o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, confirmou que as ameaças de atentado contra o presidente eleito são reais. “As ameaças são reais. Nós não temos o direito de descartar nenhuma delas. Todas serão neutralizadas”, disse Etchegoyen.