GO-TO/ Duplicação

“Sonho de 30 anos”, diz deputado sobre obra que liga Goiás ao Norte do País

Porangatu recebe, nesta sexta-feira (1º/11), uma audiência pública para tratar sobre a duplicação e concessão…

“Sonho de 30 anos”, diz deputado sobre obra que liga Goiás ao Norte do País
“Sonho de 30 anos”, diz deputado sobre obra que liga Goiás ao Norte do País

Porangatu recebe, nesta sexta-feira (1º/11), uma audiência pública para tratar sobre a duplicação e concessão da BR-153 (de Anápolis a Aliança-TO). O encontro, demandado pelo deputado José Nelto (Podemos), será no salão do sindicato rural da cidade, a partir das 14h. “Obra histórica, esperada há mais de 30 anos. Um sonho de 30 anos”, disse o propositor.

Segundo o também líder do Podemos na Câmara Federal, a expectativa desse encontro é muito grande para todo o Norte do Estado, Vale do São Patrício e população da região de Porangatu e do Estado de Tocantins. “Liga Goiás ao norte do País.” A primeira etapa da obra terá cerca de 850 km e vai de Anápolis a Aliança (TO). Já a segunda fase irá até Belém (PA).

Na ocasião, participam, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), o governador do estado do Tocantins, Mauro Carlesse (DEM), senadores da república, deputados federais, prefeitos, sociedade civil organizada e outras autoridades.

Detalhes da obra

Segundo dados do Ministério da Infraestrutura, para viabilização da obra estão previstos R$ 7,5 bilhões de investimentos, além de R$ 3,7 bi em custos operacionais. A obra prevê 623,40 km duplicados na BR-153 e, ainda, 22,30 km de faixas adicionais. Ao longo da rodovia, serão construídas 21 passarelas. Como mencionado, a concessão é de 850,7 km da BR-153/414 (GO/TO), de Anápolis a Aliança.

Inclusive, os trabalhos incluem, em Goiás, as cidades de Assunção de Goiás, Novo Planalto, Linda Vista, Porangatu, Santa Tereza de Goiás, Estrela do Norte, Campinorte, Uruaçu, Barro Alto, São Luiz do Norte, Itapaci, Jardim Paulista, Rialcema, Sul Rialma, Rianópolis, Uruana, Goianésia, Jaraguá, São Francisco de Goiás, Pirenópolis, Dois Irmãos, Cocalzinho de Goiás, Planalmira e Anápolis. Já em Tocantins: Aliança, Gurupi, Figueirópolis, Alvorada e Talismã.

Em relação ao trâmite, Nelto explica que já foi feita a publicação no Diário Oficial e o projeto já está pronto. “Haverá carta consulta para os municípios onde a via passa para que possam se manifestar. Esta pode durar de 60 a 90 dias e já pode ser anunciada na audiência pública pelo ministro Tarcísio. A hora que ele quiser”, disse otimista.

Depois da carta consulta, no ano que vem, ocorre a licitação internacional. “Provavelmente no terceiro trimestre.” Em 2021, segundo o deputado, a concessionária (ou concessionárias) começa efetivamente. “A primeira etapa deve durar cerca de oito anos, mas tudo depende da licitação.” Ainda não há prazo ou conversações acerca da segunda etapa.

Inspiração

Segundo José Nelto, o que for definido para este trabalho servirá de modelo para novas concessões de pedágios no Brasil. “Venho trabalhando essa audiência pública desde o início do mandato, em março. Estive no ministério mais de 15 vezes. Então, é um orgulho para Goiás o início dessa obra, um processo que servirá de modelo para todo o País.”

Sobre os ganhos dessa construção, José Nelto pontua a mobilidade, segurança e geração de emprego. “Sai de uma BR estrangulada, que não comporta mais o tráfego, considerada a rodovia da morte”, reforça. Ainda de acordo com ele, será possível utilizar o modelo dos Estados Unidos e “estender as cidades”.

Com isso, criam-se povoados, comércios e distritos agroindustriais pela via, o que aumenta densidade populacional e gera renda pela rodovia. Em relação aos próprios municípios em que vai passar a obra, o congressista destaca que estes receberão o Imposto Sobre Serviços (ISS).