Após impeachment

Temer deve embarcar para China por volta das 18h, mas viagem pode ser antecipada

O presidente em exercício, Michel Temer, ainda está no Palácio do Jaburu, mas a previsão…

O presidente em exercício, Michel Temer, ainda está no Palácio do Jaburu, mas a previsão é que ele possa deixar a residência oficial daqui a pouco e seguir para o Palácio do Planalto. Temer ficou até de madrugada acompanhando os últimos discursos dos senadores na sessão que discute o impeachment e, por causa disso, acabou levantando um pouco mais tarde que o normal, mas já está a postos, em reuniões com auxiliares, depois de ter lido jornais e falado com alguns interlocutores. O presidente ainda não fechou o horário do embarque para a China, mas a previsão é de que possa ser por volta das 18 horas. A ideia no entanto é que, se houver possibilidade de adiantar a viagem, isso será feito.

Com a aprovação do afastamento de Dilma Rousseff pelo plenário do Senado, como é esperado, Temer vai ao Congresso, acompanhado de seus ministros e, em seguida, volta para o Planalto para comandar a primeira reunião ministerial. Será uma reunião de trabalho e para repassar as primeiras orientações do governo depois de efetivado no cargo, quando Temer aproveitará para pedir apoio de todos para colocar o País nos trilhos. Temer vai fazer questão ainda de mandar novos sinais para o Congresso de que vai continuar governando com o Parlamento e que quer aprimorar sua relação com o Congresso. Temer, em suas falas de hoje, vai pregar ainda a unidade nacional, que considera fundamentais para o Brasil seguir em frente.

“Está tudo encaminhado”, comentou um interlocutor de Temer, depois de salientar que o presidente já tem cinco reuniões bilaterais marcadas durante a viagem à China, com os titulares da China, Japão, Itália, Espanha e Arábia Saudita. “O pedido dessas bilaterais e a presença de Temer no G-20 é um reconhecimento da normalidade do processo democrático brasileiro e também da liderança que ele passa a representar”, comentou o interlocutor, acrescentando que o Brasil entra no G-20 mostrando que o País vive em plena “estabilidade política e diplomática, reconhecida pela comunidade internacional”.

Na posse no Congresso, Temer estará acompanhado dos seus ministros, mas a primeira dama, Marcela Temer, não deverá estar presente. Temer não usará o carro Rolls Royce que normalmente leva os presidentes para o Congresso a fim de tomarem posse e nem a faixa presidencial. A faixa será usada somente no desfile de 7 de setembro, dia que Temer retorna ao Brasil.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, não irá mais com Temer à China e ficará no Brasil acompanhando as ações de governo que precisam ser tocadas. (Tânia Monteiro)