2ª INSTÂNCIA

TRF-4 mantém condenação de Lula no caso do sítio de Atibaia

Em julgamento virtual, desembargadores negaram recurso da defesa e preservaram pena de 17 anos de prisão. Advogado do ex-presidente vai recorrer

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), em São Paulo, rejeitou nesta segunda-feira (18) o recurso apresentado pela Força-Tarefa da Lava-Jato paulista contra Lula. (Foto: Jefferson Coppola / Agência O Globo)
Lula

Desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) mantiveram nesta quarta-feira, em julgamento virtual, a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no processo referente ao caso do sítio em Atibaia (SP). Por unanimidade, os magistrados rejeitaram recurso apresentado pela defesa do petista e mantiveram a condenação de 17 anos, um mês e dez dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A informação foi adiantada pelo blog da jornalista Bela Megale. Ainda cabe recurso à manutenção da pena.

Iniciado em 27 de abril, o julgamento analisava embargos de declaração feitos pela defesa — um recurso que solicita revisões na sentença e esclarecimentos de dúvidas e contradições nela contida. Antes do início da sessão, a defesa de Lula apresentou um pedido para que ela ocorresse presencialmente, mas não foi atendida.

Na última terça-feira, uma nova petição pediu para que a deliberação fosse suspensa, o que também foi negado pelos desembargadores. O documento se baseou no depoimento que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro concedeu à Polícia Federal (PF) no último sábado. O argumento era que a oitiva de Moro representa um novo acontecimento relacionado ao processo de suspeição do ex-juiz da Lava-Jato, que aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF).

O julgamento virtual não contou com a participação da defesa de Lula. Esse modelo de sessão envolve apenas o depósito dos votos dos magistrados, sem abertura para sustentações de advogados. Cristiano Zanin, responsável por defender Lula, pretende recorrer.

– Vamos esperara publicação dos votos e decidir o recuso que apresentaremos contra essa condenação injusta – disse o advogado.