COLUNA DO JOÃO BOSCO BITTENCOURT

Vanderlan diz que qualquer mudança na Comurg deve ficar para a próxima gestão 

Pré-candidato diz que prefeitura de Goiânia perdeu a credibilidade necessária para agir na companhia

Vanderlan: posição sobre mudanças na Comurg (foto divulgação)

O pré-candidato a prefeito de Goiânia, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), defendeu a tese do Tribunal de Contas do Município (TCM-GO) de que a prefeitura municipal de Goiânia perdeu as condições de realizar qualquer interferência na Comurg, como foi anunciado pela atual gestão esta semana. Vanderlan concorda com a posição do órgão de que qualquer mudança na companhia precisa ser estruturada pela próxima administração municipal, a partir de 2025. Segundo explicou Vanderlan, a atual gestão não tem mais credibilidade para realizar mudanças na instituição.

O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-GO), confirmou, de forma unânime, a dependência da Comurg em relação à prefeitura, decisão oposta ao que queria a atual gestão, que tentou, sem sucesso, provar a independência da companhia. O TCM também determinou que seja realizada auditorias na Comurg, para que se encontre os gargalos e os problemas que estão inviabilizando a empresa. Vanderlan defendeu a posição do TCM em relação a auditoria, ele avalia que as medidas que serão tomadas no futuro precisam estar baseadas em dados oficiais. No entanto, Vanderlan vê com cautela a questão da dependência, pois isso pode inviabilizar as próximas gestões. “É preciso dar a oportunidade de o próximo prefeito de Goiânia resolver a questão da Comurg sem inviabilizar a gestão”, afirma Vanderlan.

Segundo o TCM, essa discussão envolvendo a Comurg precisa ser realizada pelo próximo prefeito que assumirá a prefeitura e apenas após a realização de uma auditoria. Esta também é a posição de Vanderlan, que reforça o papel do TCM em balizar essa discussão. “O ideal é o TCM fazer essa auditoria na Comurg antes de se tomar qualquer decisão. Para se te ideia, a informação que temos é que nem o próprio TCM tem acesso a informações orçamentárias e financeiras da Companhia. É preciso abrir a caixa preta da Comurg para, só então, se propor alguma ação na companhia”, cobra Vanderlan.

A preocupação, segundo Vanderlan, é que as medidas adotadas pela atual gestão possa prejudicar os trabalhadores da Comurg, que fazem o serviço no dia a dia da capital. “Os supersalários e os contratos sem transparência precisam ser auditados, mas aquele pai e mãe de família que estão ali, trabalhando todos os dias, ganhando pouco e fazendo muito, esses precisam ser protegido e respeitado. O TCM é um órgão sério e tem credibilidade para fazer essa auditoria, mas temos que preservar aquele trabalhador que faz seu serviço diariamente”, defende Vanderlan.