Vanderlan e Adriana podem disputar pleito, se houver cassação de Rogério
Chance de ação prosperar e novas eleições acontecerem é pequena, diz jurista
No caso da ação do PMN pela cassação do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) prosperar e novas eleições ocorrerem, os segundo e terceira colocados do pleito 2020, senador Vanderlan Cardoso (PSD) e deputada estadual Adriana Accorsi (PT), podem entrar novamente na disputa.
A possibilidade de uma nova eleição, contudo, é pequena. Segundo o presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB-GO, Wandir Allan, será difícil o PMN, partido acionou a justiça pela anulação da eleição, lograr êxito.
“No recurso contra expedição de diploma alegam a incapacidade civil absoluta, mas isso deveria ter sido declarado à época, por um juiz; já na ação de impugnação de mandato, alegam fraude por conta da situação de Maguito, que deveria ter sido divulgado a realidade. É muito complicado comprovar [que não foi]. A priori, vejo com bastante dificuldade lograr êxito.”
Vanderlan e Adriana
Sem cravar, o senador diz que sempre sonhou gerir Goiânia. “Eu sempre quis ser prefeito da nossa capital e ser governador de Goiás, tanto que disputei duas eleições para prefeito e duas para governador. Mas isso depende do entendimento jurídico”, argumentou. Ele afirma, ainda, que neste momento está focado no Senado, na pandemia da Covid-19 e na retomada econômica. “Mas se perguntarem a qualquer político, rodos sonham ser prefeito da capital”, reforça.
Da mesma forma, Adriana diz que vai aguardar a decisão da Justiça Eleitoral sobre o assunto. “Decidindo por uma nova eleição, o PT vai se reunir para deliberar, depois de um amplo debate, sobre quem seria candidato ou candidata. Claro que coloco meu nome à disposição, mas quem decide isso é o partido”, justifica.
Além de Vanderlan e Adriana, disputaram o pleito (na ordem de colocação do primeiro turno): Gustavo Gayer (DC), Elias Vaz (PSB), Major Araújo (PSL), Dra. Cristina (PL), Alysson Lima (SD), Virmondes Cruvinel (Cidadania), Samuel Almeida (Pros), Talles Barreto (PSDB), Manu Jacob (PSOL), Cristiano Cunha (PV), Fábio Júnior (UP), Professor Antônio (PCB) e Vinícius Gomes (PCO).
Ação
Vale lembrar, o PMN e o presidente da sigla, o ex-vereador Paulo Daher, acionaram a justiça pela anulação da eleição, no ano passado. À época, o ex-parlamentar classificou a situação como “maior estelionato eleitoral da história de Goiás”.
Já o PSD, partido de Vanderlan, tenta ingressar na ação contra a expedição de diploma da chapa Maguito Vilela (MDB)/Rogério Cruz, ajuizada pelo PMN. A justificativa do processo é que Maguito teria se tornado inelegível, em razão de incapacidade civil absoluta pelo quadro de saúde. O emedebista, falecido em 13 de janeiro, lutou mais de 80 dias contra a Covid, ficando parte do tempo intubado.