ALIADO DE BOLSONARO

Vanderlan elogia discurso de Lira pós 7 de setembro: “Acalma os ânimos”

Para o senador goiano Vanderlan Cardoso (PSD) – aliado de Bolsonaro (sem partido) -, o…

Com Covid-19 e dengue, Vanderlan segue estável e com boa evolução
Com Covid-19 e dengue, Vanderlan segue estável e com boa evolução (Foto: Reprodução - Facebook)

Para o senador goiano Vanderlan Cardoso (PSD) – aliado de Bolsonaro (sem partido) -, o presidente da Câmara Federal Arthur Lira (PP) foi feliz em seu pronunciamento pós atos de 7 de Setembro, nesta quarta (8). Segundo ele, foi “ideal para o momento, pois acalma os ânimos. Precisamos de serenidade para tratar dos problemas que afligem o nosso País”.

Mesmo sem falar em impeachment, Lira cobrou um “basta” nas bravatas de redes sociais. Ele também aproveitou para criticar o retorno do discurso pelo voto impresso, já derrotado na Congresso.

Vale destacar, o voto impresso auditável foi uma das pautas dos atos pró-Bolsonaro no 7 de setembro, convocado pelo próprio presidente.

Feriado de 7 de setembro

O feriado de 7 de setembro foi marcado por atos contra e favoráveis ao governo federal. Bolsonaro discursou em Brasília e também em São Paulo, sem poupar falas polêmicas. De forma recorrente, ele fez duras ameaças ao STF, escalando a crise institucional a níveis ainda mais altos.

Em outro momento, ele também fez insinuações e chamou pessoas de canalhas, sem citar nomes. “Só Deus me tira de lá. Quero dizer aos canalhas que só existem três alternativas: eu ser preso, morto ou sair com a vitória. Eu nunca serei preso. A minha vida pertence a Deus e a vitória é de todos vocês”, disse em São Paulo.

Em Goiânia, houve carreata a favor do presidente com cerca de 25 mil veículos (sendo 20 mil motos), segundo o organizador do evento Marcelo Magalhães. A Polícia Militar (PM) não contabilizou os números.

Discurso do presidente do STF

Quem também discursou nesta quarta foi o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. Em sua fala, o ministro disse que o presidente Bolsonaro incentiva palavras de ódio contra o STF e seus membros e classificou esses atos como práticas ilícitas e intoleráveis. O jurista comentou não só sobre os atos de 7 de Setembro, mas também acerca de uma postura recorrente do gestor federal. “Ninguém fechará essa corte”, foi enérgico.

Cinco tópicos das manifestações de 7 de setembro

Voto impresso auditável: Segundo o deputado estadual Paulo Trabalho (PSL), aliado de Bolsonaro em Goiás desde as eleições de 2018, o voto nas urnas eletrônicas hoje pode ser adulterado, uma vez que não há cédula física, que possa ser auditável. Para ele, é preciso um comprovante na urna, que permitir a recontagem, sendo impresso dentro do próprio equipamento, para conferência do eleitor, mas sem que ele possa retirar de um baú que armazenaria o papel.

Impeachment dos ministros Alexandre de Moraes e Roberto Barroso, do STF: Paulo Trabalho afirma que o STF tem descumprido sua função de intérprete da Constituição e interferindo em outros poderes, além de tirar a liberdade do povo de bem. “Falou mal de mim, mando prender.” Ainda dentro desse tópico, os manifestantes protestam contra o que chamam interferência da corte ao legislar.

Liberdade: esta é, para a vereadora Gabriela Rodart, de Goiânia, a pauta principal. “No dia 7 de setembro comemoramos o Dia Declaração de Independência do Brasil do Império Português. É uma data importante na nossa história. Temos vivido dias sombrios onde governadores e prefeitos agiram como verdadeiros ditadores por todo o País ao longo da pandemia. Além desses tristes episódios, temos visto muita injustiça, verdadeiros atos de censura contra jornalistas, políticos e cidadãos de bem, por parte de alguns integrantes do Poder Judiciário, sem o devido processo legal, acesso aos autos, enfim. Vamos às ruas pelo basta. Para que o povo tenha restabelecido seu direito de se manifestar, de se expressar livremente, de ir e vir e de cultuar a Deus sem interferências do Estado.”

Direito do presidente Bolsonaro conseguir legislar: pois o presidente tem a caneta, mas estaria de mãos atadas.

Altos impostos estaduais: os manifestantes dizem que os altos impostos estaduais impactam no preço dos diversos produtos, como o combustível.