Vereador diz que procura por ônibus reduziu, mas também a frota
Lucas Kitão lembra, ainda, que lotação no transporte coletivo é problema anterior a pandemia
Problema de lotações em ônibus é anterior a pandemia da Covid-19. A fala é do vereador de Goiânia Lucas Kitão (PSL). “Houve uma redução na procura pelo transporte público, mas houve também redução na frota de veículos em circulação, porque ainda não há decisão sobre quem vai ressarcir as concessionárias para que elas operem na Região Metropolitana com uma quantidade superior de veículos”, comenta sobre os primeiros dois de vigência do decreto de medidas mais restritivas na capital – que vem sendo chamado de lockdown.
Também segundo Kitão, os ônibus seguiam ainda mais lotados antes dos primeiros decretos do governo estadual, de março de 2020, quando os comércios não essenciais foram fechados pela primeira vez e os trabalhadores tiveram que ficar em casa. Para ele, a situação precisa ser solucionada, independente da pandemia, porque vai continuar a acontecer, mesmo quando o transporte coletivo retornar à normalidade.
“As superlotações vão continuar acontecendo, porque o sistema já está em colapso há anos”, disse. Para o vereador, que também é membro da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC), uma possível solução seria a utilização de um serviço de transporte público complementar. Neste período pandêmico ele sugere, por exemplo, as vans escolares. Kitão até já presentou um requerimento neste sentido. “Eles estão parados neste período de pandemia, já são vistoriados e já têm a licença da AGR [Agência Goiana de Regulação] para fazer o transporte de pessoas”, defende.
CMTC
No começo do mês passado, o prefeito de Goiânia Rogério Cruz (Republicanos) também falou sobre o assunto ao Mais Goiás. À época, ele informou que o plano emergencial seria pago até o mês de junho – o ressarcimento das concessionárias citado por Kitão. “A partir daí teremos um novo sistema, no qual poderemos exigir novos ônibus. Exigir das empresas, sim, pois temos contrato até 2028 e elas não vão querer desfazer.”
“A CMTC está trabalhando diariamente e pontualmente em vários terminais para identificar as melhores soluções e fora isso, estamos trabalhando numa solução de proposta de mudança para o nosso sistema de transporte na Região Metropolitana”, explicou o presidente da CMTC, Murilo Ulhôa ao Diário de Goiás, no último dia 22.