Polêmica

Vereador quer convocar Iris para explicar desocupação de secretaria

Com 15 assinaturas, o vereador Elias Vaz (PSB) entrou na sessão de hoje (27) da…

Com 15 assinaturas, o vereador Elias Vaz (PSB) entrou na sessão de hoje (27) da Câmara com um pedido de convocação do prefeito Iris Rezende, secretário municipal de Educação, Marcelo Costa, e comandante da Guarda Civil Metropolitana, Elton Ribeiro de Magalhães, para que estejam na Casa para esclarecer os atos que culminaram com a desocupação da sede da Secretaria. A convocação consta da Lei Orgânica dos Municípios. Se aprovada pelo plenário, os convocados terão 15 dias úteis para comparecer à Câmara, após notificação.

“O Prefeito, seu secretário e o chefe da Guarda Civil estão obrigados a vir a esta Casa explicar sobre a forma violenta, truculenta e desproporcional utilizada pelo Executivo contra os professores.As imagens e relatos dos que estavam ali demonstram de forma cabal mostraram o total despreparo e desrespeito aos trabalhadores da educação”, citou Elias.

O vereador do PSB afirma que a Câmara não pode ficar omissa “diante desse absurdo, dessa violência inominável. Temos que exigir uma explicação plausível do senhor prefeito e secretário da Educação”. O presidente Andrey Azeredo (PMDB) garantiu que o Paço está aberto às negociações. “O secretário me garantiu estar preocupado com a situação”, frisou.

Jorge Kajuru (PRP), da tribuna, exibiu um vídeo sobre a invasão da secretaria pela Guarda. “Foi uma violência sem tamanho. Nove professores foram presos. A professora Solange Amaral levou um tiro. O pior de tudo é que não houve diálogo. O pior é que a Guarda confirmou que a ordem para a invasão partido do Paço, do senhor Iris Rezende”, ponderou.

Cristina Lopes (PSDB) lembrou que violência gera violência. “O debate não pode ser sem conteúdo. Foram seres humanos agredidos. A Guarda tem de saber lidar com gente. Não se justifica uma atitude dessas. A responsabilidade tem CPF. É o senhor eleito pela população. O senhor Iris considera o servidor público com a carne podre, o câncer do sistema. Violência não vai resolver o problema. Sou favorável ao direito humano. Não sou favorável aos bandidos”.

Paulo Magalhães (PSD) citou o fato de que “pessoas inocentes foram agredidas porque estavam ali defendendo seus direitos, contra os roubos na merenda escolar, melhoria nas condições de trabalho e salário justo. Receber um aumento de R$ 7,00 é um escárnio. O prefeito tirou até a gratificação dos garis”.

A vereadora Sabrina Garcês (PMB), por sua vez, fez coro aos outros vereadores ao afirmar que os responsáveis pelas agressões aos professores teriam sido o prefeito, secretário da Educação e o chefe da Guarda. . “Parece que o Paço não sabe o que é diálogo e que isso é uma exigência da democracia”, completou.

Defesa

Os vereadores Oséias Varão (PSB) e GCM Romário Policarpo (PTC) assumiram a defesa do prefeito, do secretário e do chefe da Guarda. “Defendo a postura da Guarda porque os professores estão sendo usados para fins políticos. E vou provar. A maioria da categoria não participou”, garantiu Varão. E completou: “Os invasores depredaram o patrimônio público. Eles não tem o direito de invadir bens públicos. Esse grupo foi recebido cinco vezes pelo secretário. Essa ação é típica do PT, que não defende a democracia nem é contra a corrupção”.

“O direito de ir e vir é sagrado”, lembra o vereador Romário Policarpo. “A Guarda agiu com legitimidade. Tinham ali professores encapuzados, outros usaram tijolos, pedras, paus e até bomba de pimenta contra os guardas municipais. Portanto, é uma piada falar que a ação foi truculenta”.