VAZOU ÁUDIO

Vereadora de Santa Terezinha (GO) admite ser autora de áudio que chama professoras de “prostitutas”

A vereadora Maria Aparecida da Silva (PDT), de Santa Terezinha de Goiás, é suspeita de…

Greve dos administrativos da Educação começou no dia 2 de outubro (Foto: Agência Brasil)
Greve dos administrativos da Educação começou no dia 2 de outubro (Foto: Agência Brasil)

A vereadora Maria Aparecida da Silva (PDT), de Santa Terezinha de Goiás, é suspeita de chamar professoras de “prostitutas” e “analfabetas da educação” em áudio atribuído a ela, que vazou nas redes sociais. As docentes teriam pedido por aumento salarial, o que motivou a gravação.

“Se essas prostitutas, analfabetas da educação, falarem de mim… Você se lembra daquele projeto há cinco anos que o Marcos mandou dando só 2%, e eu mesma peguei o projeto e levei, e você falou: ‘Tita, você tem muita coragem, coragem!’. Levei, e ele chegou a 13%. Hoje foi o inverso. Elas dizem que estou contra elas, mas não. Toda vida eu estive do lado, protegendo”, afirmou no áudio de 24 segundos.

A vereadora teria gravado o áudio ao saber que os professores reclamavam do índice de 10% proposto pelo município e aprovado pela Câmara. A demanda da categoria era por 33%, conforme reajuste do governo federal para o piso nacional do magistério. Confira o áudio:

Repúdio

Em nota, o presidente da Câmara, Moisés de Morais Pinto, disse que não compactua “com as palavras externadas pela vereadora Maria Aparecida da Silva”. A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santa Terezinha de Goiás, Joana D’Arque Vieira Ferreira de Oliveira, também manifestou repúdio pela fala.

“Seguiremos na luta para fortalecer nossas escolas, o respeito às mulheres, aos profissionais da educação, às liberdades constitucionais e à diversidade cultural, no enfrentamento ao racismo, ao machismo e às diversas formas de violência que inferiorizam a dimensão humana.”

(Foto: Reprodução)

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Pedido de desculpas

O Mais Goiás tentou contato com a vereadora, mas não teve sucesso. Um funcionário da Câmara, todavia, enviou uma nota de esclarecimento da parlamentar.

Ela disse se tratar de “falsa notícia tirada de contexto e levada às mídias sociais em um ataque sórdido, maquiavélico e maldoso“. Maria Aparecida afirma, ainda, ter sido vítima de um crime e que irá à delegacia, pois teve “uma conversa particular vazada” que se tratava de “um desabafo feito, infelizmente, com uma pessoa, que me mostrou não ser digna da minha confiança”.

A vereadora admite, porém, ter sido um “desabafo inapropriado” com palavras “inadequadas”. “Por isso peço sinceras desculpas a todos que constrangi com minhas palavras.”

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