“Volta, Ana”? Movimento remete estímulos que Iris Rezende recebeu no passado
Militância vai utilizar mesma estratégia que usou com Iris Rezende
O evento que a militância do MDB Mulher e outros setores do partido pretende organizar no próximo dia 14 de setembro remete a eventos como em 2016, quando o pai Ana Paula Rezende, Iris Rezende anunciou que não concorreria à Prefeitura de Goiânia por meio de uma carta pública aos eleitores.
A carta foi publicada no dia 6 de julho de 2016 quando o período eleitoral estava começando a ter movimentos intensificados. À militância, Íris descartava os estímulos de candidatura. “Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé”, destacou. “Refleti muito nos últimos meses e conclui, enfim, que realmente devo finalizar minha caminhada política”, cravou.
A militância logo começou a se movimentar e tentaram marcar um “Volta, Íris” para o dia 8 de julho. Não deu certo. Os iristas então conseguiram reunir pouco mais de mil pessoas, nas contas da militância otimista do dia 15 de julho. “Naquela época, reunimos mais de mil pessoas. Com certeza, pelo legado do Íris e da Dona Iris, vamos levar duas mil pessoas para chamar a candidatura de Ana Paula novamente”, relembra Cleuza Assunção, ex-prefeita de Britânia e atual presidente do MDB Mulher.
Depois daquele dia, o resto é história. Iris decidiu ouvir os apelos da militância e no dia 31 de outubro foi eleito em segundo turno e voltaria ao Paço Municipal 51 anos após ter sido eleito pela primeira vez. Seria a sua quarta e última gestão frente a prefeitura de Goiânia.
Quase sete anos depois, Cleuza Assunção é uma das entusiastas do evento que vai pedir para que Ana Paula Rezende dê meia volta em sua desistência na disputa do Paço Municipal em 2024. “Nós acreditamos que ela pode voltar atrás. Ela representa o verdadeiro legado deixado pelo casal Iris Rezende Machado e dona Íris de Araújo”, destacou Assunção ao Mais Goiás. “Temos mulheres trabalhando o nome da Ana Paula em 80 bairros, mas a medida que a eleição for afunilando, vamos chegar a 200”, aposta.
Ana Paula anunciou na última terça-feira (29) que não iria disputar o cargo de prefeita de Goiânia. Ela, no entanto, não descartou que poderia concorrer a uma cadeira na Câmara dos Vereadores.
A ação reverberou no meio político. Presidente estadual do MDB, o vice-governador Daniel Vilela espera o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) voltar de viagem para discutir as “repercussões políticas” da decisão da advogada. O deputado estadual Bruno Peixoto, um dos pré-candidatos ao Paço pela base caiadista, também destaca participação do chefe do executivo, afinal de contas, ele é o “timoneiro do processo”.