BGS 2017

Sea of Thieves: o melhor trabalho é em equipe

Uma das maiores filas no dia da imprensa da Brasil Game Show (BGS), em São…

Uma das maiores filas no dia da imprensa da Brasil Game Show (BGS), em São Paulo, era para experimentar Sea of Thieves. Desenvolvido pela Rare, mesmo estúdio de Donkey Kong Country, para PC e Xbox One, o jogo coloca dois times de quatro jogadores em um mapa imenso.

Cada time possui um objetivo que geralmente envolve a captura de um certo número de tesouros que podem ou não estar na mesma ilha. O território é vasto e cheio de ilhotas e o jogo não pega na sua mão: ele te dá uma dica rimada de onde o seu objetivo está. Fora isso, boa sorte.

O trabalho em equipe já começa daí: cabe ao time, em conjunto, desvendar a charada e descobrir para onde devem ir para vencer. Mas não é só isso. Os quatro marujos precisam cuidar do navio e existem mais posições disponíveis do que jogadores.

Sendo assim, é preciso coordenação e velocidade para dar conta de tudo: alguém sobe a âncora enquanto outro cuida das velas, mais alguém pilota e um último escala o mastro para ver mais longe ao desce ao porão para pegar balas de canhão e outros recursos vitais.

Vitais porque você pode cruzar com o navio inimigo a qualquer momento e aí o caldo engrossa muito rápido. É preciso pegar as balas e carregá-las manualmente antes de mirar e disparar. Também é preciso pegar madeira e descer ao porão para tapar os buracos feitos pelos canhões inimigos para tentar impedir que o barco afunde. E tem ainda bananas para recuperar a vida do seu personagem quando ele passa a ficar cheio de furos.

Cada personagem, pelo menos na demonstração no stand da Xbox, já vem equipado com uma pistola, um arcabuz e um sabre caso as coisas fiquem sérias demais. Da mesma forma que a partida pode ser extremamente excitante, ela corre o risco de ser, de certa forma, monótona.

Há a chance dos times inimigos nem se esbarrarem no grande mapa, mas é improvável devido aos objetivos comuns ou próximos e a necessidade de agilidade para vencer.

Na partida em que testamos, o que não faltou foi emoção: desvendamos a charada logo de cara, mas perdemos tempo enquanto o navegador não conseguia achar o nosso destino no mapa. Destino encontrado, dividimos as tarefas: a mim coube içar a âncora e recolher balas e madeira para o combate iminente.

Os outros três se dividiram em leme e velas enquanto o terceiro também angariou recursos. Parecia que íamos vencer: logo achamos nossa ilha, mas ao chegar perto, o navio inimigo emergiu do horizonte. Demos sorte: eles não nos viram! Habilidoso, nosso piloto nos colocou em perseguição e, modéstia à parte, graças à tiros perfeitos, enchi o navio inimigo de furos.

Logo eles devolveram a carga e eu e meu companheiro de convés corremos para tapar os buracos no porão. Parecia que tudo estava certo conforme o navio inimigo ardia em chamas. Então o time inimigo mudou de estratégia: tentaram o kamikaze.

Corremos para soltar a âncora e dar a volta, mas foi tarde demais: a proa do navio inimigo rasgou nossa nau no meio e ambos os times foram pra água. Nossa equipe afundou primeiro, perdendo a partida em um golpe de sorte.

(Divulgação)

Mesmo com a derrota, nossa primeira impressão com Sea of Thieves foi excelente. O jogo é extremamente divertido e envolvente, sem falar em intenso! A única preocupação que fica é ver como ele irá se sair em servidores cheios de trolls e com possíveis problemas de matchmaking.

Se nós quatro ali ombro a ombro ainda tínhamos problemas de comunicação, o que dizer de quatro estranhos separados pela internet. Mas algo ficou claro: o trabalho em equipe é fundamental para vencer o jogo, ao mesmo tempo em que o potencial do game para e-sports é imediato é enooorme.

Quatro estranhos podem se embananar, mas duas equipes unidas e coesas podem fazer render partidas verdadeiramente épicas. Só dói saber que o jogo permanece sem data de lançamento.

Sea of Thieves deve ser lançado em 2018.

*O repórter viajou à convite da Team One E-Sports