Gratidão

A gratidão é a memória do coração!

Sempre que vamos falar de gratidão, de amor, de bons sentimentos é comum nossas palavras…

Foto: Divulgação

Sempre que vamos falar de gratidão, de amor, de bons sentimentos é comum nossas palavras passarem pelos caminhos da gratidão e nossa memória reconstruir os cenários de todas as vezes que a vida deu muito certo. O início para reconhecermos o mundo como algo possível (um lugar onde as coisas dão certo) e que a gente pode ser feliz é ter um coração grato. Ser grato ao que já temos e felizes percorrermos o longo caminho da busca de novas possibilidades para nossa vida.

É quase absoluto que o desanimo é companheiro inseparável da ingratidão. Aquele sentimento que não ofusca a vista do que já está bom, daquilo que já acontece de bom em nossa vida e ao nosso redor com as pessoas que nos importamos ou mesmos aqueles milagres sendo operados na vida de ilustres desconhecidos, mas que testemunhamos várias vezes em nossa vida como uma mensagem que nos diz: as coisas estão dando certo de alguma forma para todo mundo. Uma mensagem de ânimo diante das adversidades, uma mensagem que nos diz ao coração “esforça-te e tende bom ânimo” não é suficiente ter ânimo para viver, para realizar. É preciso está de bom coração na realização da vida, na gestão dos acontecimentos diários. É precisar ter bom ânimo!

Algo incrível acontece com a gente em diversos momentos de nossa vida e contrário a tudo isso o nosso bom ânimo e a nossa fé se concentra em tudo aquilo que não deu tão certo ainda. Onde chegamos ou até mesmo nas rápidas conversas de elevadores declaramos a completos estranhos como as coisas estão difíceis desse lada de cá, desse lado que costumeiramente chamamos de “nossa vida”.

Toda a energia que nos resta dedicamos para aquilo que ainda não deu tão certo, e como somos especialistas em tristeza e em argumentos que nos colocam para baixo ninguém vai conseguir nos convencer que algo está dando muito certo para muita gente e que aquele momento ainda não é o nosso, mas que já tivemos inúmeros momentos bons. Se deixarmos de lá nosso “eu” especializado em auto frustração possivelmente acessaríamos as memórias do nosso coração e lembraríamos que em inúmeros momentos quando o mundo parecia cair à nossa volta tudo que poderíamos denominar de nosso estava dando muito certo como um grande milagre acontecendo de forma particular, apenas em nossa vida. Só gente, possivelmente, consegui ver a sua amplitude.

Nem sempre as pessoas estão abertas (nem eu) para falar dessa sensação de milagres e sentimentos bons, mas no mês do natal os portais que levam ao coração estão abertos, por isso lançamos aqui essas palavras na esperança de despertar alguma memória de gratidão do nosso coração para que nos inspire no próximo ano e que nos dê bom ânimo para nos esforçarmos diante das situações não tão boas e que possamos celebrar todas as outras situações que dão tão certo.

Talvez essa atitude tire o nosso foco exagerado nos acontecimentos que nosso julgamento viciado faz de vez em sempre de nossas vidas remetendo-nos ao patamar das criaturas ingratas que esqueceram suas memórias de gratidão em um compartimento qualquer de um coração perdido, sem memória, sem gratidão. Senão nesse início de ano, será durante o próximo ano ou em alguma fase de nossa vida ainda seremos realistas. Sim, realistas! Seremos realistas e aceitaremos que a vida em seu eterno movimento de circunstâncias é um cenário continuo de grandes milagres!