Cidades

Veículos inteligentes são inúteis para Goiânia

Veículos inteligentes são desperdício de dinheiro quando qualquer burro consegue identificar os vários problemas de Goiânia

Carros inteligentes da Prefeitura de Goiânia (Foto: Jucimar de Sousa)
Carros inteligentes da Prefeitura de Goiânia (Foto: Jucimar de Sousa)

Veículos inteligentes circulam por Goiânia rastreando problemas da capital. As engenhocas que transitam por aí são capazes de identificar buracos nas pistas, entulhos descartados em locais irregulares, bueiros entupidos, sinalização falha, dentre outros problemas da cidade. Como diz Evandro Mesquita, tá tudo muito bom, tá tudo muito bem, mas realmente… é um baita desperdício ter um veículo inteligente para esse serviço. Qualquer carro burraldo já seria capaz de cumprir tal demanda com louvor.

Todo mundo quer que Goiânia chegue de fato ao século 21. Uma cidade inteligente, conectada, em que as máquinas sejam a extensão dos olhos da Prefeitura e agilizem a resolução dos problemas que atrapalham o cidadão. Esse é o sonho dos que habitam a cidade fundada por Pedro Ludovico Teixeira. 

Agora, é um tanto quanto ousado apostar num esquema de diagnósticos tão sofisticado enquanto a ação efetiva para resolver as demandas que chegam ao Paço Municipal está claramente capenga.

Falo por mim. Em janeiro, mais precisamente no dia 13, cadastrei um pedido de troca de lâmpada no aplicativo Prefeitura 24 Horas. Mais de três meses depois, o poste na continua com a luz queimada e minha vizinhança na escuridão. Pra quê então quatro veículos inteligentes levantando demandas a um custo anual de quase R$ 2,5 milhões quando não se consegue resolver nem pedidos básicos que chegam direto da população? É um claro disparate.

Reconheço empenho e vontade da Prefeitura para colocar Goiânia dentro daquilo que é a expectativa do goianiense. Mas está deixando a desejar. Falta muito para que a cidade atinja o padrão esperado. E não é com uma geringonça identificando problemas que não serão resolvidos que a coisa vai avançar. Não mesmo.

@pablokossa/Mais Goiás | Foto: Jucimar de Sousa