Daniel larga na frente de Marconi e Adriana; Wilder busca reviravolta: como começa e como pode terminar 2026
Goiás Pesquisas/ Mais Goiás apontam retrato do momento, mas qual pode ser o o desfecho de 2026?

O primeiro levantamento feito pela Goiás Pesquisas, sob encomenda do portal Mais Goiás, para medir o voto do eleitor já focando na eleição de 2026 começa da forma como outros períodos eleitorais começaram: a candidata do PT à frente do candidato do PL. Até parece ser uma boa notícia tanto para a deputada federal Adriana Accorsi (PT) quanto para o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), que aparece em segundo, dez pontos atrás do líder, o vice-governador Daniel Vilela (MDB), mas a história prega cautela.
O segundo lugar parece muito favorável a Marconi, que se mantém competitivo em uma pesquisa realizada poucos dias após uma operação da Polícia Federal que investiga irregularidades na Saúde goiana entre 2012 e 2018, período em que o tucano comandou o Palácio Pedro Ludovico Teixeira.
Também pode parecer um revés para o senador Wilder Morais (PL), que figura em último entre os quatro nomes testados. O eleitor bolsonarista pode ter torcido o nariz ao ver os números do levantamento. No entanto, a história eleitoral recente segue um roteiro conhecido. Basta que a campanha se inicie para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entre no jogo, reative o antipetismo e reacenda a chama do bolsonarismo no eleitor goiano. Isso é tudo o que Wilder Morais tem. Mas é também tudo o que ele precisa.
Em reunião com lideranças do partido, Bolsonaro cravou que o senador será o seu “camisa 10” na partida pelo poder. Certamente, o ex-presidente, o deputado federal Gustavo Gayer e o ex-deputado estadual Fred Rodrigues estarão em seu campo pedindo votos. Quando isso acontecer, Wilder deverá ganhar fôlego, ameaçando a liderança de Vilela e levando a eleição para um eventual segundo turno.
Aqui, a história também tende a se repetir: o PT, fora do segundo turno, entregará os votos úteis necessários para a vitória do candidato que represente o “anti-bolsonarismo”, tal como ocorreu com Sandro Mabel na disputa pela Prefeitura de Goiânia. Há justificativas para a baixa performance inicial de Morais. Desde que assumiu, ele quase não dá entrevistas e tem presença discreta na tribuna do Senado. Além disso, falta uma diretriz evidente para o PL nos grandes municípios.
Em Aparecida, os parlamentares liberais foram os primeiros a aderir à base do prefeito Leandro Vilela (MDB). Em Goiânia, a independência dos liberais máscara uma aliança silenciosa com Sandro Mabel. Mabel e Vilela enfrentaram candidatos do PL em 2024. O eleitor bolsonarista deseja ver uma oposição firme àqueles que um dia foram seus adversários.