Cinema

Crítica: O Pior Vizinho do Mundo (2022)

Longa-metragem é baseado no livro "Um Homem Chamado Ove" de Fedrick Backman

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(Foto: Divulgação)

Estrelado por Tom Hanks e dirigido por Marc Foster (de “Em Busca da Terra do Nunca“), “O Pior Vizinho do Mundo” é uma adaptação norte-americana do livro “Um Homem Chamado Ove” de Fedrick Backman, que por sinal já ganhou um filme para o cinema em 2015 no longa sueco homônimo indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional.

E “O Pior Vizinho do Mundo” entra no grupo daqueles remakes norte-americanos que conseguiram obter um resultado acima da média. A história do próprio livro de Backman já é algo sentimental que abre oportunidades de se criar uma íncrivel jornada de redenção, aprendizado e superação.

Na trama, Otto (Hanks) é um senhor de idade que perdeu recentemente a esposa e não tem muito mais alegria na vida. Otto sempre foi um sujeito minimalista e cheio de manias, mas sua mulher Sonya (Rachel Keller) era a força motriz que matinha a harmonia entre tudo. Sem ela, portanto, Otto não tem mais vontade de viver. Otto se tornou um homem amargo, ranzinza e mal educado e quer se matar para voltar a ficar com a mulher. No entanto, seus planos serão adiados quando uma família mexicana se muda para o bairro onde mora e se torna seus vizinhos. A personalidade espontânea, sincera e animada de Marisol (a ótima Mariana Treviño) será essencial para ajudar Otto a superar a tristeza e seguir em frente, aproveitando os anos que lhe resta e as pessoas importantes que ficaram.

“O Pior Vizinho do Mundo” está longe de ser uma “dramédia” superficial sobre o vizinho chato que vai ficar legal. É um filme muito mais humano do que isso, e a partir de uma ideia simples, irá nos mostrar que o melhor da vida é continuar vivendo, mas continuar vivendo sem deixar de aproveitar as pessoas e os momentos ao lado de quem é importante para nós. É um filme sobre não ser egoísta, desrespeitoso, e o mais importante, é um filme sobre amor. Sobre se amar e amar as pessoas que nos ajudam e estão conosco.

Com um elenco excelente e uma direção precisa de Marc Foster, “O Pior Vizinho do Mundo” é aquele drama que de vez em quando precisamos para nos abrir os olhos sobre nosso comportamento diante da vida. Assim como a adaptação sueca de 2015, temos aqui uma obra simples, singela, espirituosa, divertida e ao mesmo tempo extremamente emocionante. Prepare os lençinhos, porquê você vai chorar! Mais do que recomendado!

A Man Called Otto/EUA – 2022

Dirigido por: Marc Foster

Com: Tom Hanks, Mariana Traviño, John Higgins, Juanita Jennings…

Sinopse: O Pior Vizinho do Mundo é o remake do filme sueco de 2015 Um Homem Chamado Ove. Nele acompanhamos um homem chato, aposentado e rabugento, Otto (Tom Hanks), de 59 anos. Vários anos antes, foi deposto como presidente da associação de condomínios, mas não se importava com a deposição e, por isso, continua vigiando o bairro com mão de ferro. Quando a grávida Parvaneh e sua família se mudam para a casa geminada em frente e as cartas da nova vizinha acidentalmente vão parar na caixa de correio de Otto, uma amizade inesperada acaba se formando e a vida dos dois mudam drasticamente. Uma comédia dramática sobre amizade inesperada, amor e a importância de se cercar das ferramentas adequadas.