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“Agiram com crueldade para matar”, diz esposa de homem morto por asfixia em viatura da PRF

Maria Fabiana dos Santos, esposa de Genivaldo de Jesus Santos, que foi morto na última…

Genivaldo de Jesus sofria de transtornos mentais.
(Foto: Montagem - Reprodução G1 - Redes Sociais)

Maria Fabiana dos Santos, esposa de Genivaldo de Jesus Santos, que foi morto na última quarta-feira (25) em Umbaúba (SE) após ser abordado por policiais rodoviários federais e ser colocado dentro de uma espécie de “câmara de gás” montada no porta-malas da viatura da corporação, disse que os agentes da PRF “agiram com crueldade para matar”.

“Eu não chamo nem de fatalidade. Isso aí foi um crime mesmo, eles agiram com crueldade pra matar mesmo ele”, afirmou a viúva.

“Eu vivo com ele há 17 anos, ele tem 20 anos que tem o problema dele. Nunca agrediu ninguém, nunca fez nada de errado. Sempre fazendo as coisas pelo certo. E num momento desses pegaram ele e fizeram o que fizeram”, continuou Maria Fabiana em entrevista à TV Globo.

Familiares já tinham dito que Genivaldo de Jesus, que tinha 38 anos, sofria de esquizofrenia. Ele deixa um filho. O velório ocorrerá na casa da mãe, em Santa Luiza do Itanhy.

Abordagem à Genivaldo

Um sobrinho da vítima contou que o tio foi abordado na Rodovia BR-101 quando pilotava uma motocicleta. Os policiais pediram que ele colocasse as mãos para o alto e, durante a revista, o questionaram sobre algumas cartelas de comprimidos achadas em seu bolso.

Segundo o sobrinho, o tio tomava medicamentos. Genivaldo ficou nervoso e questionou os policiais, que fizeram uso de spray de pimenta e o colocaram no porta-malas da viatura.

Ainda conforme a testemunhas, foi nesse momento que os agentes lançaram outro tipo de gás contra o homem, que já havia sido colocado no porta-malas.

Genivaldo foi levado para a delegacia da Polícia Civil, onde foi constatado que a vítima estava desacordada. O homem ainda foi levado a um hospital, mas não resistiu.

Laudo do IML

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe, divulgado nesta quinta-feira (26), aponta que Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda após a abordagem da PRF.

O corpo foi liberado do IML de Aracaju por volta das 22h30 de quarta. A causa da morte foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública do estado.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Sergipe e PRF divulgaram notas sobre o caso. Confira aqui!

*Com informações do G1