PEC da Educação

Alego aprova PEC que inclui gastos da UEG na Educação Básica

Por 29 votos a 9, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou, em segunda e…

Números apresentados por representante da Granol divergem de dados do relator
Números apresentados por representante da Granol divergem de dados do relator

Por 29 votos a 9, a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) aprovou, em segunda e definitiva votação, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 990/19, conhecida como a PEC da Educação. A votação aconteceu na tarde da última quarta-feira (11), em sessão extraordinária. A proposta modifica a aplicação de recursos na Educação Básica estadual.

O texto, de autoria do deputado estadual Vinícius Cirqueira (PROS), acolheu uma emenda feita pelo deputado estadual Bruno Peixoto (MDB) que propunha que a verba destinada à Universidade Estadual de Goiás (UEG) passasse a fazer parte do orçamento destinado à Educação Básica.

Com a mudança, o gasto com a Educação Básica foi reduzido de 25% para 23%. A UEG, que tinha orçamento próprio equivalente a 2% da receita líquida do Estado de Goiás, passa a integrar a receita de 25%. Essa é a porcentagem de investimento na rede pública de ensino, instituída por lei.

Votaram contrários a matéria os deputados: Cláudio Meirelles (PTC), Lucas Calil (PSD), Antônio Gomide (PT), Alysson Lima (Republicanos), Adriana Accorsi (PT), Gustavo Sebba (PSDB), Helio de Sousa (PSDB), Lêda Borges (PSDB) e Talles Barreto (PSDB).

Em nota, a UEG afirmou que o percentual destinado à instituição permanece o mesmo, e que a autonomia da Universidade será mantida. E ainda que a “desvinculação da UEG da Secretaria de Desenvolvimento e a vinculação à Secretaria da Educação cria a possibilidade de não aplicação da Desvinculação de Receita Estadual (DRE) nos 2% destinados à Universidade”.

“A DRE, criada na Emenda Constitucional nº 53, de 2016, autoriza a desvinculação de até 30% dos repasses aos órgãos e entidades estaduais, no entanto, ela não pode ser aplicada à Educação”, diz texto.

O Mais Goiás entrou em contato com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), mas não houve retorno até o fechamento da matéria.

Entenda

Originalmente, a PEC previa a celebração de convênios entre o estado e os municípios, com o objetivo de compartilhar informações para realizar a cobrança do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). A medida, de acordo com Cirqueira, aumenta a receita dos municípios.

Durante a tramitação do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Bruno Peixoto, líder do governo na Casa, apresentou a emenda, que foi considerada um “jabuti” pela oposição. O termo é utilizado quando um artigo ou emenda é adicionado a um projeto com tema diferente. Na justificativa, o parlamentar argumentou que a medida é necessária “em virtude da imperiosa realidade financeira do estado”.