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Alexandre de Moraes derruba sigilo de delação de Mauro Cid

Ministro do STF deu 15 dias para que os denunciados pela PGR se manifestem sobre as acusações

Alexandre de Moraes derruba sigilo de delação de Mauro Cid Ministro do STF deu 15 dias para que os denunciados pela PGR se manifestem
Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou nesta quarta-feira (19) o sigilo do acordo de delação premiada firmado entre a Polícia Federal (PF) e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). A decisão ocorre um dia após a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciar 34 pessoas no inquérito que investiga a trama golpista.

Com a medida, o conteúdo dos depoimentos de Cid deve ser tornado público ainda hoje. Na mesma decisão, Moraes concedeu um prazo de 15 dias para que os denunciados apresentem suas defesas por escrito.

A decisão foi antecipada pelo jornalista César Tralli, da TV Globo, no início da manhã. No despacho, Moraes justificou que, com a denúncia já apresentada pela PGR, não há mais necessidade de manter o sigilo.

“Ocorre que, no presente momento processual, uma vez oferecida a denúncia pelo procurador-geral da República, para garantia do contraditório e da ampla defesa […] não há mais necessidade da manutenção desse sigilo, devendo ser garantido aos denunciados e aos seus advogados total e amplo acesso a todos os termos da colaboração premiada”, escreveu o ministro Alexandre de Moraes.

A delação de Mauro Cid abrange detalhes sobre suspeitas de crimes cometidos por ele e por pessoas próximas ao longo do governo Bolsonaro, incluindo investigações sobre a tentativa de golpe de Estado, o caso das joias trazidas da Arábia Saudita e a suposta fraude nos cartões de vacinação. Se as informações forem confirmadas pela investigação, Cid poderá receber benefícios, como a redução de pena e o cumprimento de eventual condenação em regime aberto.

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