VOTO IMPRESSO

Bolsonaro sofre derrota na madrugada e voto impresso pode ser rejeitado nesta sexta

O governo de Jair Bolsonaro (sem partido) sofreu uma derrota na madrugada desta sexta (16)…

Voto impresso tem relação com compra de votos, diz deputada
"Quando ouço sobre voto impresso, a única coisa que me vem a cabeça é compra de voto", diz deputada (Foto: Reprodução)

O governo de Jair Bolsonaro (sem partido) sofreu uma derrota na madrugada desta sexta (16) ao tentar impedir a sessão da comissão especial que analisará a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que prevê a implementação do voto impresso no país.

Com um placar considerado desfavorável ao governo na comissão e provável derrota do voto impresso, líderes bolsonaristas tentaram aprovar um requerimento para proibir a realização de sessões de comissões especiais entre 16 e 20 de julho.

A primeira delas foi do próprio presidente da comissão especial que analisa o tema, o deputado Paulo Eduardo Martins. No começo da semana, ele suspendeu a reunião e afirmou que ela só seria realizada em agosto.
Os deputados contrários ao voto impresso, no entanto, fizeram uma auto-convocação por maioria do colegiado, passando por cima da decisão de Paulo Eduardo Martins.
Os líderes bolsonaristas tentaram então adiar a sessão com o requerimento votado na madrugada no plenário da Câmara, sem sucesso.
A sessão foi convocada com pauta única: deliberar sobre o voto impresso. A expectativa da oposição é reunir, entre os 34 parlamentares da comissão, 23 votos contrários ao projeto, arquivando a ideia por ampla maioria.
Há uma preocupação, no entanto, de que os governistas ainda tentem alguma manobra interna para impedir a votação nesta sexta, tentando adiar eventual derrota ao empurrar a discussão para agosto.
A ideia do voto impresso ganhou impulso na Câmara dos Deputados depois de seguidos discursos do presidente Jair Bolsonaro. Em queda nas pesquisas eleitorais, ele voltou a questionar, neste ano, a segurança da urna eletrônica.
Uma articulação que envolveu ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e 11 partidos na Câmara dos Deputados acabou revertendo a maioria na comissão especial que vai decidir sobre o assunto.