SAÚDE

Bolsonaro soluça até 40 vezes por minuto, diz laudo da PF; veja o documento

Laudo assinado por quatro peritos da PF serviu de base para Alexandre de Moraes autorizar cirurgia em Bolsonaro

Bolsonaro soluça até 40 vezes por minuto, diz laudo da PF; veja o documento (Foto: Jucimar de Sousa)
Bolsonaro soluça até 40 vezes por minuto, diz laudo da PF; veja o documento (Foto: Jucimar de Sousa)

Um laudo produzido por médicos peritos da Polícia Federal no dia 19 de dezembro relata que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) soluçou com frequência de aproximadamente 30 a 40 vezes por minuto no período em que o exame acontecia. O documento foi entregue ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que, embora tenha outra vez negado o pedido de prisão domiciliar, autorizou a realização de uma cirurgia.

“Notou-se que os episódios de soluços permaneceram durante todo o exame sem qualquer remissão ou melhora, com frequência de aproximadamente 30 a 40 episódios por minuto”, afirma o laudo, assinado pelos médicos Cristian Kotinda Júnior, André Ricardo Pessoa Sousa, Alexandre Pavan Garieri e Hugo Oliveira de Figueiredo Cavalcante. Eles recomendaram que a cirurgia aconteça “o mais breve possível”, tendo em vista que o ex-presidente é portador de uma hérnia inguinal bilateral que necessita de reparo cirúrgico em caráter eletivo.

“O soluço é caracterizado por contrações involuntárias e erráticas dos músculos intercostais e do diafragma, seguidas imediatamente pelo fechamento da glote na laringe”, explica a junta de especialistas. “A persistência e a intratabilidade do quadro [de soluço] frequentemente sinalizam a presença de irritação estrutural ou funcional envolvendo o arco reflexo. Quaisquer irritantes físicos e químicos, bem como condições inflamatórias que perturbem o reflexo do soluço, podem causar a afecção”.

“No tocante ao quadro de soluços, o bloqueio do nervo frênico é tecnicamente pertinente. Quanto à tempestividade do procedimento, esta Junta Médica entende que deve ser realizado o mais breve possível, haja vista a refratariedade aos tratamentos instituídos, a piora do sono e da alimentação, além de acelerar o risco das complicações do quadro herniário, em decorrência do aumento da pressão intra-abdominal”, diz o laudo.