Brasileiro decide lutar na Ucrânia e avisa família no aeroporto
Família notou interesse crescente de Matheus Nunes pela guerra na Ucrânia, mas não imaginava que ele pudesse tomar essa decisão
Em novembro de 2025, um rapaz chamado Matheus Nunes tomou uma das decisões mais importantes da vida dele: a de embarcar para Ucrânia e lutar como voluntário na guerra contra Rússia. Matheus tomou a decisão e fez os preparativos de forma tão discreta que a família, natural de Cascavel (no interior do Paraná) só foi comunicada no dia em que o jovem embarcou. Os parentes, é claro, tentaram convencê-lo a desistir da ideia, mas não funcionou.
“Eu avisei quando já estava no aeroporto. Até então eu tinha comentado, mas acho que eles não acreditaram muito. Quando viram que eu estava indo de verdade, a ficha caiu. Foi aquele choque, mas depois não tinha mais o que fazer. Eles ficaram rezando para que tudo dê certo”, contou Matheus, em entrevista à RPC, que é uma emissora afiliada da TV Globo no Paraná.
A família relata ter ficado paralisada com a notícia. “Foi aquele choque. A gente não imaginava que ele tomaria uma decisão tão radical sem conversar antes”, disse um parente à RPC. Eles disseram também que notaram o interesse crescente de Matheus pela guerra nos meses que antecederam o embarque, mas que nunca chegaram a imaginar que o envolvimento chegaria a esse ponto.

Matheus exploca que a decisão foi tomada de forma consciente e responsável. “Não é vitimismo, nem busca por atenção ou sensacionalismo. A realidade é séria e precisa ser tratada com responsabilidade. Falo apenas para esclarecer e evitar interpretações erradas”.
No Brasil, o rapaz era reservista do Exército e serviu no 33º Batalhão de Infantaria Mecanizado de Cascavel. Após deixar o serviço militar, ele passou a trabalhar como vigilante em empresas de segurança da cidade. Atualmente, ele está em território ucraniano, mas não pode divulgar a localização exata por motivos de segurança.
A família de Matheus vive a expectativa por notícias e mantém contato esporádico por mensagens. “A gente só espera que ele esteja seguro e que essa guerra acabe logo”, afirmou um parente.
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