ELEIÇÕES

Casa Branca diz que eleições foram justas, e Trump celebra performance de Bolsonaro

Em mais uma manifestação de confiança no sistema eleitoral brasileiro, a porta-voz do presidente Joe Biden,…

Porta-voz do presidente Joe Biden, Karine Jean-Pierre (Foto: Reprodução)
Porta-voz do presidente Joe Biden, Karine Jean-Pierre (Foto: Reprodução)

Em mais uma manifestação de confiança no sistema eleitoral brasileiro, a porta-voz do presidente Joe Biden, Karine Jean-Pierre, afirmou nesta segunda-feira (3) que “as informações disponíveis indicam que o primeiro turno das eleições foi conduzido de maneira livre, justa, transparente e crível, com todas as instituições relevantes operando de acordo com suas funções constitucionais”.

Jean-Pierre também repetiu a mensagem do secretário de Estado, Antony Blinken, responsável pela diplomacia americana, divulgada depois do fechamento das urnas no domingo (2), e voltou a parabenizar “o povo e as instituições do Brasil pelo primeiro turno bem-sucedido.”

A Casa Branca vem sendo pressionada por parlamentares americanos para reconhecer o resultado do pleito brasileiro imediatamente, de modo a dificultar uma eventual contestação do resultado das urnas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), mas até aqui não afirmou se fará isso de fato.

Na última semana, o secretário-assistente do Departamento de Estado para o Hemisfério Ocidental, Brian Nichols, afirmou à Folha que espera se “relacionar o mais rapidamente possível” com o próximo presidente eleito, mas também não respondeu se o reconhecimento será imediato.

Como o pleito não foi definido em primeiro turno, ficou mais fácil para o governo americano se posicionar, e em poucas horas Blinken e a embaixada no Brasil divulgaram nota exaltando o processo no país.

Blinken viajou nesta segunda-feira à América do Sul, onde visitará três países vizinhos em encontros com presidentes e chanceleres. Não fará, entretanto, escala no Brasil. Trata-se da segunda vez que ele vai à região desde que assumiu o posto e a segunda vez que deixa o Brasil de fora. Segundo funcionários do governo americano, seria incomum uma visita da autoridade mais alta da diplomacia em um momento tão próximo das eleições, sob o receio de passar uma imagem de interferência externa no pleito.