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Casal de Goiânia dá calote em clientes de móveis planejados e fatura R$ 20 milhões

Empresa do casal vendia móveis sob encomenda e exigia pagamentos antecipados dos clientes, que nunca recebiam os produtos

Clientes foram surpreendidos ao encontrarem a empresa fechada sem receberem suas encomendas (Foto: Reprodução: Google Street view)
Clientes foram surpreendidos ao encontrarem a empresa fechada sem receberem suas encomendas (Foto: Reprodução: Google Street view)

Um casal de empresários foi preso na quinta-feira (27) em Goiânia acusado de cometer crimes financeiros, fraudes contra consumidores, estelionato, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. A operação foi realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais e Goiás (Ficco), em conjunto com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e a Polícia Militar de Goiás (PMGO). O prejuízo causado pelas atividades ilegais do casal é estimado em pelo menos R$ 20 milhões.

Segundo investigações do 5º Departamento da Polícia Civil de Minas Gerais, o casal operava uma empresa de móveis planejados em Uberaba (MG), onde foram identificadas diversas irregularidades. A empresa, chamada “Basílio Planejados”, vendia móveis sob encomenda e exigia pagamentos antecipados dos clientes, que nunca recebiam os produtos (segundo a polícia). Até o momento, foram registrados 24 boletins de ocorrência por vítimas na região do Triângulo Mineiro.

A empresa encerrou suas atividades de forma repentina no dia 10 de fevereiro, sem aviso prévio, deixando os consumidores sem respostas. O imóvel onde funcionava a loja foi rapidamente colocado para locação, o que levantou suspeitas de uma fuga planejada. A Polícia Civil de Minas Gerais já havia deflagrado uma operação em 20 de fevereiro para cumprir mandados de busca e apreensão e prisão preventiva contra o casal, mas os empresários conseguiram fugir antes da chegada das autoridades.

A prisão só foi possível após um trabalho de inteligência e troca de informações entre as forças de segurança. O casal foi localizado e detido em Goiânia, após a emissão de mandados pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Uberaba (MG). Eles foram encaminhados para a Central de Flagrantes da Polícia Civil de Goiânia e, após os procedimentos de polícia judiciária, foram levados para uma unidade prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça.

As investigações continuam para apurar se há mais envolvidos no esquema e para rastrear os recursos desviados.