JUSTIÇA

Caso Amélia Vitória: MP denuncia suspeito por homicídio, sequestro, ocultação de cadáver e estupro

Homem teria sequestrado a adolescente em 30 de novembro, quando ela saiu de casa para buscar a irmã mais nova na escola, no Residencial Astória

Amélia Vitória (Foto: Divulgação)
Amélia Vitória (Foto: Divulgação)

O Ministério Público de Goiás (MPGO) ofereceu denúncia contra Janildo Silva Magalhães pela morte da garota Amélia Vitória, de 14 anos, em Aparecida de Goiânia. O crime, que ficou conhecido como caso Amélia, foi cometido em 30 de novembro deste ano.

O MP denunciou o homem pelo crime de homicídio triplamente qualificado, cometido com asfixia e meio cruel, à traição e emboscada. Além disso, ele foi denunciado por sequestro e cárcere privado, agravados pelo fato de os crimes terem sido praticados contra menor de 18 anos e com fins libidinosos, bem como ocultação de cadáver e estupro.

Conforme a denúncia, oferecida pelo promotor de Justiça Milton Marcolino dos Santos Júnior, titular da 5ª Promotoria de Aparecida de Goiânia, o homem sequestrou a vítima na tarde do dia 30, quando ela saiu de casa para buscar a irmã mais nova na escola, no Residencial Astória.

O crime

Os delegados Eduardo Rodovalho (GIH de Aparecida de Goiânia) e André Botesini (Regional de Aparecida de Goiânia/2ª DRP) destacaram que o acusado abordou de bicicleta a vítima no dia 30 de novembro e a violentou pela primeira vez em um matagal. Depois, ele andou mais de 6 km e ficou em um imóvel abandonado com ela, onde teria cometido abusos durante a noite.

Em seguida, já no dia 1º, ele a matou por asfixia e voltou para a casa, pela manhã. Depois do primeiro abuso, ele teria levado a vítima na bicicleta, da Rua Sapucaia até a Rua Javaí, no Parque Atalaia, onde fica o imóvel abandonado.

As autoridades suspeitam que o homem tenha utilizado uma faca para ameaçar a vítima. Quando retornou para casa, ele pintou a bicicleta. Ele teria decidido levar o corpo para o local onde o mesmo foi encontrado, no sábado, após a mãe e irmã dele ficarem compadecidas.

Ainda segundo a Polícia Civil, a identificação foi possível graças a coleta de material genético das partes íntimas da vítima. O resultado foi recebido no último dia 4, coincidindo com um caso de 2017, em Rio Verde. Desta forma, o homem foi identificado como residente de Aparecida. Mãe e irmã revelaram que estavam desconfiadas com o comportamento do indivíduo. Aos agentes, ele negou e criou uma “história fantasiosa”.