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Certidão de óbito de Rubens Paiva é corrigida: “morte causada por Estado na ditadura”

História do ex-deputado é contada no filme "Ainda Estou Aqui", indicado ao Oscar

Certidão de óbito de Rubens Paiva é corrigida: "morte causada por Estado na ditadura" Mudança atende a determinação do CNJ
Foto: Reprodução

A certidão de óbito de Rubens Paiva, cuja história é contada no filme “Ainda Estou Aqui”, foi retificada nesta quinta-feira (23) para constar que o ex-deputado teve morte violenta e causada pelo Estado brasileiro durante a ditadura militar.

A mudança atende a uma determinação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) de dezembro do ano passado para que cartórios de registro civil lavrem ou corrijam os documentos de pessoas mortas e desaparecidas políticas.

A nova versão do documento indica que a causa da morte foi “não natural; violenta; causada pelo Estado brasileiro no contexto da perseguição sistemática à população identificada como dissidente política do regime ditatorial instaurado em 1964“.

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Na versão anterior, emitida pelo cartório da Sé, em São Paulo, constava apenas que Rubens Paiva estava desaparecido desde 1971.

A história de Rubens Paiva é contada no longa brasileiro dirigido por Walter Salles protagonizado por Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro.

A obra é a adaptação para o cinema do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, filho do ex-deputado desaparecido durante a ditadura militar no Brasil, e conta a história de sua mãe, Eunice Paiva.

Também na última quinta-feira, Fernanda Torres foi indicada ao Oscar de melhor atriz pelo desempenho no filme. A obra concorre às categorias de melhor filme e melhor filme internacional.

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*Via Folha de São Paulo