Ciclone causa destruição e deixa 1,3 milhão de casas sem luz em SP
Parques municipais da cidade ficarão fechados após ciclone; Corpo de Bombeiros recebeu mais de 1.600 chamados para queda de árvores
(Folhapress) Um dia após a passagem do ciclone extratropical que atingiu o estado de São Paulo, a região metropolitana ainda convive nesta quinta-feira (11) com as consequências dos vendavais que atingiram quase 100 km/h, derrubando árvores e danificando imóveis.
Cerca de 1,3 milhão de clientes na Grande São Paulo ainda seguem sem energia. No pico, o apagão atingiu 2,2 milhões de imóveis. Outros 300 mil passaram a ter problemas de abastecimento nesta quinta.
De acordo com a Enel, a capital paulista permanece como uma das áreas mais afetadas, com pouco mais de 900 mil imóveis sem luz —o equivalente a 16% do total.
As rajadas de vento, de até 98 km/h, derrubaram árvores e lançaram galhos e outros objetos sobre a rede elétrica, causando a falta de energia.
A Enel afirma que trechos inteiros da rede foram danificados, o que impacta o fornecimento de energia. A empresa afirma ter mobilizado equipes desde o início dos registros de falta de luz e “desde ontem até as 5h de hoje [quinta], mais de 500 mil clientes afetados tiveram o fornecimento normalizado”.
A concessionária ainda afirma ter disponibilizado geradores para atender casos mais críticos.
Segundo o Corpo de Bombeiros, foram 1.642 chamados para queda de árvores em todo estado nesta quarta-feira (10). Só na capital paulista foram 231 árvores, segundo a prefeitura. Dessas, 49 ainda precisam ser removidas das vias e calçadas. Para isso, a gestão Ricardo Nunes afirma que aguarda a Enel desligar a energia em 40 pontos.
A cidade também amanheceu com com 235 semáforos apagados por falta de energia, de acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Segundo a companhia, agentes de trânsito e equipes estão dando apoio aos locais sem sinalização.
Por precaução, todos os parques municipais permanecerão fechados nesta quinta, de acordo com a prefeitura. O Parque Ibirapuera amanheceu fechado, mas reabriu às 12h. Segundo a Urbia, que faz a gestão do espaço, algumas áreas permanecerão isoladas temporariamente para “ajustes operacionais e inspeções”. São elas: pista de cooper, cachorródromo, playground, área de piquenique, área de Natal, reta do Senna.
A falta de energia também compromete o abastecimento de água na Grande São Paulo e em vários bairros da capital paulista, de acordo com a Sabesp. Nesta manhã, a cidades mais afetadas eram Itapecerica da Serra, Guarulhos, Cajamar, Mauá, Santa Isabel, além de parte de Cotia e São Bernardo do Campo.
Na capital, os bairros de Americanópolis, Parelheiros, Parque Savoy, Sacomã e Vila Clara na zona sul; Cangaíba, Parque do Carmo, Vila Formosa, na zona leste; e Vila Romana, na zona oeste são os mais prejudicados, segundo a Sabesp.
A companhia afirma estar em contato com a Enel para agilizar o restabelecimento do fornecimento.
O aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, registrava 46 voos cancelados na manhã desta quinta-feira (11). Segundo a Aena, concessionária que administra o terminal, a suspensão das partidas e chegadas ainda é reflexo dos fortes ventos que ocasionaram 180 cancelamentos nesta quarta (10).
A concessionária orienta os passageiros que precisam embarcar a checar a situação dos voos de hoje com as companhias aéreas.
Assista ao vídeo
TERRIBLE | 🇧🇷😰
— El Nacional (@elnacionalpy) December 11, 2025
🔹Imágenes del terrible ciclón extratropical que golpeó a la ciudad de San Pablo, en Brasil.
🔹Los vientos llegaron a ser tan fuertes que literalmente partían árboles enormes al medio.
🔹El Parque Ibirapuera, principal pulmón verde de la ciudad, fue uno de los… pic.twitter.com/Nbc0eXN6ud