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Cientistas calculam nova data para o fim do universo; saiba quando será

Pesquisa foi realizada por especialistas da China, Estados Unidos e Espanha

Cientistas calculam nova data para o fim do universo; saiba quando será Pesquisa de especialistas da China, Estados Unidos e Espanha
Foto: FreePik

O fim do universo pode ter uma nova data marcada — pelo menos segundo uma equipe de físicos internacionais. De acordo com um estudo recente, publicado no repositório científico arXiv, cientistas calcularam uma nova data para o fim do universo: daqui a cerca de 33 bilhões de anos, em um colapso cósmico chamado de Big Crunch.

A pesquisa, realizada por especialistas da China, Estados Unidos e Espanha, aponta que a expansão do cosmos pode desacelerar, parar e se reverter em um processo de contração, até que tudo o que existe colapse sobre si mesmo. O modelo é baseado em dados do Dark Energy Survey (DES) e do Dark Energy Spectroscopic Instrument (DESI), dois dos maiores levantamentos astronômicos da atualidade. Com base nesses dados, os autores afirmam que a vida útil do universo seria de exatos 33,3 bilhões de anos.

O fenômeno do Big Crunch, proposto como o desfecho final, seria uma espécie de versão invertida do Big Bang. Em vez da expansão de um ponto extremamente quente e denso, o universo implodiria nesse mesmo estado. As galáxias se aproximariam, a temperatura subiria drasticamente e tudo no cosmos seria comprimido até um ponto final.

A nova estimativa propõe que a fase de contração comece daqui a aproximadamente 19 bilhões de anos. Após esse início, o colapso total levaria cerca de 14 bilhões de anos para se completar. O cálculo contradiz a visão predominante das últimas décadas, segundo a qual o universo se expandiria eternamente, impulsionado por uma força constante chamada energia escura.

Porém, o novo modelo sugere que essa energia escura pode ter uma força variável ao longo do tempo — o que muda tudo. Os pesquisadores propõem que ela seja composta por uma parte cosmológica e outra ligada aos chamados áxions, partículas hipotéticas associadas à matéria escura. Esse comportamento dinâmico colocaria em xeque a famosa constante cosmológica proposta por Albert Einstein, que assume a energia escura como fixa e imutável.

Além do Big Crunch, outras possibilidades para o fim do universo continuam sendo discutidas. Entre elas estão o Big Rip (em que o cosmos se rasga até a destruição total), a morte térmica (quando tudo se expande até esfriar por completo) e até o decaimento do falso vácuo, um evento quântico imprevisível que poderia apagar tudo instantaneamente.

Apesar de o estudo ainda não ter sido revisado por pares, ele já levanta discussões relevantes sobre o destino do cosmos e reforça o quanto ainda temos a descobrir sobre a energia escura, uma das forças mais misteriosas do universo.

Seja qual for o cenário final, uma coisa é certa: ainda temos bilhões de anos pela frente. Então, por enquanto, não há motivo para pânico.