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Cientistas investigam se cometa com comportamento incomum pode ter origem extraterrestre; entenda

3I/ATLAS pode conter artefato tecnológico de outra civilização

Cientistas investigam se cometa com comportamento incomum pode ter origem extraterrestre; entenda 3I/ATLAS
Foto: FreePik

Um grupo de pesquisadores está analisando se um cometa com comportamento incomum detectado recentemente pode ter origem extraterrestre, em uma das teorias mais instigantes da astronomia moderna. O astrofísico Avi Loeb, da Universidade de Harvard, publicou um artigo em parceria com Adam Hibberd e Adam Crowl, da Iniciativa para Estudos Interestelares, em Londres, sugerindo que o objeto interestelar 3I/ATLAS pode conter indícios de origem artificial — possivelmente um artefato tecnológico de outra civilização.

O estudo, publicado em junho deste ano, parte da hipótese conhecida como “floresta escura”, criada pelo escritor chinês Cixin Liu em sua famosa série de ficção científica. A teoria defende que civilizações avançadas no universo preferem manter o silêncio para não serem detectadas e destruídas por outras espécies inteligentes. Assim, o aparente silêncio cósmico — o chamado “paradoxo de Fermi” — não significaria ausência de vida, mas sim prudência e medo de exposição.

Descoberto em 2025, o 3I/ATLAS chamou atenção por suas características fora do comum: ele possui uma órbita retrógrada quase alinhada com o plano da Terra — algo que teria apenas 0,2% de chance de ocorrer aleatoriamente. Seu tamanho, estimado em 20 quilômetros, também é grande demais para um asteroide interestelar típico. Além disso, não há registro de gases cometários, o que descarta o comportamento de um cometa convencional.

Outro ponto que intriga os cientistas é a sincronização incomum do objeto com as órbitas de Vênus, Marte e Júpiter, o que, segundo os pesquisadores, poderia indicar algum tipo de planejamento ou controle de trajetória. A posição oculta atrás do Sol também dificulta observações diretas — um detalhe que, para Loeb, poderia ser até intencional.

Os autores sugerem que o 3I/ATLAS possa estar realizando uma manobra chamada “Oberth reversa”, usada por naves para desacelerar e se aproximar de planetas como a Terra. Loeb e sua equipe ressaltam que não estão afirmando que o objeto seja alienígena, mas defendem que a hipótese deve ser cientificamente testada, já que ignorá-la seria um erro metodológico.

O físico compara essa postura à aposta de Pascal, argumentando que é mais racional considerar uma possibilidade de risco existencial do que simplesmente descartá-la. Mesmo que o 3I/ATLAS seja um fenômeno natural, o estudo abre espaço para novas reflexões sobre como a humanidade interpreta sinais cósmicos e reforça a importância de investigar tecnossinais em futuros objetos detectados pelo Observatório Vera C. Rubin.

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