Ciro Nogueira nega elo com PCC e pede apuração imediata da PF
“Coloco, por meio deste, TODOS os meus sigilos à disposição”, disse senador
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) divulgou neste domingo (31/8) um ofício ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, no qual nega elo com o PCC e solicita uma apuração imediata da PF sobre as acusações que teriam sido feitas contra ele. A manifestação acontece após o site ICL Notícias revelar depoimento de uma testemunha que afirmou que o parlamentar teria recebido dinheiro vivo de integrantes da facção criminosa.
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No documento, o senador declarou que “essas pessoas jamais estiveram em meu gabinete” e classificou como “absolutamente mentirosa” qualquer hipótese de favorecimento financeiro. Ciro Nogueira afirmou ainda que colocou todos os seus sigilos à disposição da Justiça e pediu que a Polícia Federal verifique registros de entrada em seu gabinete e em locais ligados aos acusados.
“Solicito à PF que obtenha registros de entrada no meu gabinete no ano citado ou em qualquer outro, além de imagens de sedes e escritórios dessas pessoas”, escreveu. Ele reforçou: “Coloco, por meio deste, TODOS os meus sigilos à disposição”.
As acusações têm origem em relatos de que Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco” — apontados pela Polícia Federal como chefes de um esquema do PCC — teriam entregue uma sacola de papelão cheia de dinheiro ao senador em agosto de 2024. O objetivo seria influenciar decisões ligadas a empresas investigadas por fraudes bilionárias no setor de combustíveis.
Em sua defesa, Ciro Nogueira atacou a publicação responsável pela denúncia, chamando o ICL Notícias de “site de pistolagem da esquerda” e acusando-o de difundir “calúnias gravíssimas”. Para o senador, o combate às organizações criminosas não deve ser usado como instrumento de perseguição política.
“Quero crer que o importante combate e repressão às organizações criminosas não será manipulado para fins políticos, com a proliferação de informações falsas”, declarou.
Na mensagem final, o senador reafirmou sua posição: “Tenho minha consciência tranquila e a verdade ao meu lado. Quero mais, e não menos, investigação”.
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