natureza

Consideradas extintas, antas são vistas no Rio após 100 anos

O flagrante foi por meio de armadilhas fotográficas, disponibilizada pela Vale ao Inea

Imagem de uma anta flagrada no Rio
Atualmente, a espécie encontra-se incluída na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas como vulnerável (Foto: Ascom-Instituto Estadual do Ambiente/Divulgação)

Após 100 anos, antas (Tapirus terrestris) foram flagradas em vida livre no Rio de Janeiro (RJ), por agentes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Considerado o maior mamífero da América do Sul, o animal era encontrado somente em instituições de proteção à fauna e em pontos de introdução na natureza com indivíduos nascidos em instalações assistidas.

O flagrante ocorreu por meio de armadilhas fotográficas. Especialistas registraram grupos com até três antas, além de uma fêmea com filhote.

“É a primeira vez, em dez décadas, que elas são flagradas, registradas e monitoradas, no Rio de Janeiro, em total vida livre. São indivíduos que não dependeram de ação humana direta ou projetos de reintrodução de fauna”, diz o Inea.

Flagradas no Rio: antas podem pesar até 250 quilos

A anta-brasileira é um, mamífero terrestre que pode pesar até 250 quilos, e se destaca por sua adaptabilidade e importância ecológica, já que é uma predadora de sementes. Pode se movimentar facilmente em áreas alagadas e encostas íngremes, se tornando bem adaptada a evitar predadores.

Último registro de anta livre no RJ ocorreu em 1914

O último registro de uma anta no Rio foi em 1914, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. A principal causa para seu desaparecimento foi a caça e exploração. Atualmente, a espécie encontra-se incluída na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas como vulnerável.

“Apresentar esses registros da anta, após mais de 100 anos classificada como extinta no estado do Rio de Janeiro, é um momento histórico e significativo. A partir do material capturado pelas armadilhas fotográficas, é possível promover estratégias eficazes de conservação e conscientizar a sociedade sobre a importância da biodiversidade e do fortalecimento dos ecossistemas locais”, disse o presidente do Inea, Renato Jordão.

*Com informações do portal CNN