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Copa do Home Office: jogos da seleção brasileira serão em dias úteis e expediente deve ser de casa

Como manda a tradição, dia de jogo do Brasil na Copa do Mundo é quase…

Copa do Home Office: jogos da seleção brasileira serão em dias úteis e expediente deve ser de casa
Copa do Home Office: jogos da seleção brasileira serão em dias úteis e expediente deve ser de casa (Foto: reprodução/Extra)

Como manda a tradição, dia de jogo do Brasil na Copa do Mundo é quase feriado. O expediente da maioria das empresas para, a torcida se reúne nas ruas ou em casa e o trabalho fica momentaneamente de lado. Mas no Mundial do Catar, em novembro, um novo elemento deve entrar no planejamento dos escritórios: o home office. Há dois anos fazendo parte da rotina por causa da pandemia, o trabalho remoto chegou para ficar e tem tudo para ser a principal alternativa durante as partidas da seleção.

Os três jogos do Brasil na primeira fase serão em dias úteis e em horários de expediente: a estreia está marcada para 24 de novembro, quinta-feira, contra a Sérvia, às 16h; o segundo jogo, dia 28, segunda-feira, diante da Suíça será às 13h; e finaliza o Grupo G em 2 de dezembro, sexta-feira, contra Camarões, às 16h.

Caso a seleção de Tite seja primeira do Grupo G e chegue até a decisão, todos os jogos, com exceção da final, serão em dias úteis: as oitavas de final, numa segunda-feira; as quartas, numa sexta-feira, e a semifinal, numa terça-feira. Todos os jogos serão às 16h.

A pouco mais de sete meses para o Mundial, as empresas ainda não estão pensando na Copa do Mundo, mas o home office já foi instituído como opção em diversas situações. Não será diferente, segundo Lucia Madeira, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio de Janeiro (ABRH-RJ):

—Acredito que as que puderem irão adotar o home office nos dias de jogos. Além de evitar os problemas de transporte que aconteciam nesses dias, o teletrabalho permite uma jornada flexível que facilita acomodar o intervalo dos jogos.

Independentemente de estar em casa ou no escritório, o critério será o mesmo: durante os 90 minutos, ou um pouco mais de jogo, ninguém trabalha. Afinal, enquanto a bola rola, é praticamente impossível realizar reuniões ou se manter atento aos afazeres.

— Nós não podemos fechar porque trabalhamos com público. Sempre fazíamos um revezamento entre os colaboradores e trazíamos a Copa para dentro do escritório, com pipoca e outros quitutes. Com a pandemia, adotamos o home office como prática. A ideia é experimentar os dois cenários: parte vai poder ver na empresa, como sempre fazemos, e parte fica em casa. Mas na hora do jogo, todo mundo para — diz Marcelle Neves, gerente regional da Luandre RH.

Churrasco mais caro

O servidor público Marcelo Rosenthal, de 56 anos, que já foi aos Mundiais de 98 e 2006, sempre foi liberado algumas horas antes dos jogos. Ele acredita que o esquema de sempre será mantido. Mas, desta vez, tendo a possibilidade de parar o expediente durante o home office:
— Atualmente, já vamos fazer o sistema híbrido. Nos dias dos jogos do Brasil, provavelmente ficaremos em casa.

Com maior flexibilidade, Rosenthal já faz alguns planos. No home office, ele espera adiantar o churrasco no Rio ou na sua casa na Região dos Lagos.

— Como os jogos serão no verão, pretendo colocar uma TV na frente da piscina para ver as partidas lá na Região dos Lagos. Aqui no Rio, tenho uma churrasqueira já posicionada para a TV.

Mas o servidor sabe que vai ter de desembolsar bem mais para fazer o mesmo churrasco de quatro anos atrás. A previsão é de que a inflação no fim do ano fique em torno de 7% (agora chega a quase 11%). Em 2018, durante o Mundial da Rússia, estava em 3,75%. Em 2014, foi de 6,41%. Ou seja, em qualquer cenário de comparação, os preços atuais são mais salgados.

A picanha, por exemplo, em meados de 2018 custava, em média, R$ 42, e representava 4,4% do salário mínimo. Hoje, varia entre R$ 80 e R$ 100.

— Os alimentos têm um impacto de 20% no cálculo da inflação. Com certeza, mesmo com inflação em 7%, a cesta de compras estará mais cara em relação aos outros anos — diz Carlos Castro, CEO da SuperRico, fintech de educação financeira.