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Corintiano é condenado à prisão por cabeça de porco atirada em gramado durante jogo

Cena aconteceu durante uma partida entre Palmeiras e Corinthians

Cabeça foi atirada no gramado durante uma partida entre Palmeiras e Corinthians Corintiano vai pra prisão por cabeça de porco atirada em jogo
Foto: Reprodução

O torcedor corintiano Osni Fernando Luiz, de 36 anos, foi condenado pela Justiça paulista a um ano de prisão em regime semiaberto por crime contra a paz no esporte, após o episódio em que uma cabeça de porco foi atirada no gramado durante um jogo entre Corinthians e Palmeiras, na Neo Química Arena, em novembro de 2024. O torcedor ainda pode recorrer da sentença em liberdade.

No clássico válido pela 32ª rodada do Brasileirão, o incidente aconteceu por volta dos 28 minutos do primeiro tempo. Uma cabeça de porco foi lançada dentro do estádio, gerando revolta entre torcedores e grande repercussão na imprensa. Investigação do Ministério Público concluiu que Osni comprou a peça em um mercado da Lapa por R$ 60 e a levou até a arena, colocando-a em uma sacola antes do arremesso.

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Segundo a promotora Daniela Hashimoto, “a conduta do denunciado visava a promoção de tumulto no evento esportivo, incitando os demais torcedores presentes no estádio”, destacando que a cabeça do animal é uma alusão à mascote do Palmeiras. Imagens de câmeras de segurança mostraram que, na arquibancada, uma pessoa com touca ninja pegou a cabeça e a jogou no gramado.

Entre as provas contra Osni, está um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, no qual ele aparece segurando a cabeça de porco e dizendo que “todos iriam ver o que aconteceria” durante o jogo, pedindo que os seguidores acompanhassem suas postagens. Embora tenha usado um filtro que escondia o rosto, vizinhos o reconheceram. À polícia, Osni confirmou ter comprado a peça e ter arremessado a sacola no estádio, mas alegou não saber quem jogou a cabeça dentro do campo, afirmando que era apenas uma “rivalidade sadia”.

Durante o julgamento, porém, Osni modificou sua versão, alegando que comprou a cabeça apenas para uma foto e para assá-la antes do jogo, e que não se lembrava do vídeo publicado. Mesmo assim, o juiz Fabrício Reali Zia entendeu que o ato não representa rivalidade esportiva saudável e que a ação incitou a violência entre torcedores rivais.

Por possuir antecedentes criminais — incluindo condenação anterior por dano —, Osni não recebeu benefícios legais previstos. A sentença também incluiu 10 dias-multa, e o torcedor pode recorrer da decisão.

A defesa do torcedor, representada pelo advogado Marcello Primo, informou que ainda não foi oficialmente intimada sobre a sentença. Em nota, a defesa declarou que “tal circunstância afronta princípios constitucionais basilares, como o contraditório e a ampla defesa” e que adotará todas as medidas legais para resguardar os direitos de Osni, incluindo o direito de recorrer assim que tiver acesso formal à decisão.