Curupira é escolhido como mascote da COP30, em Belém
Mascote não agradou a todos; entenda
O Curupira, personagem lendário do folclore amazônico, foi escolhido como mascote da COP30, conferência climática da ONU que começa nesta segunda-feira (10) em Belém (PA). Com cabelos vermelhos em forma de chamas e pés virados para trás, a figura de origem tupi-guarani simboliza o papel do Brasil na defesa das florestas.
A escolha do personagem reforça o compromisso do país em erradicar o desmatamento até 2030 e destacar a proteção da Amazônia como tema central do encontro, que vai até o dia 21 de novembro.
“O Curupira, sobretudo, é um ser fantástico, mágico e defensor da floresta. Protetor das matas e da caça”, explicou Januária Alves, autora de um livro sobre a lenda, em comunicado divulgado pelos organizadores da COP30.
A primeira-dama Rosângela Lula da Silva (Janja) participou da divulgação do mascote, usando camisetas com a imagem do Curupira em eventos oficiais.
A Floresta Amazônica, que se estende por nove países, é considerada fundamental no combate às mudanças climáticas por sua capacidade de absorver gases de efeito estufa. O Brasil apresentou durante o evento o Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF), lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A iniciativa pretende captar US$ 125 bilhões (cerca de R$ 669 bilhões) para recompensar países que preservam suas florestas.
Segundo dados oficiais, o desmatamento na Amazônia caiu 11% entre agosto de 2024 e julho de 2025, o menor índice em 11 anos.
A escolha do mascote, porém, gerou reações nas redes sociais. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) ironizou a decisão ao escrever: “Excelente escolha pra representar o Brasil e nossas florestas: anda pra trás e pega fogo.”