Defesa Civil de Aparecida alerta para risco da erosão em trecho da BR-153 desde 2019
Órgão recomendou substituição de bueiro celular por ponte em 2020
Defesa Civil de Aparecida alerta concessionária responsável pela rodovia sobre problemas da erosão que interditou trecho da BR-153 desde 2019. Um relatório de vistoria realizada no bueiro celular duplo, localizado na BR-153, quilômetro 508, nas proximidades do Country Club, verificou avarias na estrutura do bueiro e comunicou risco de uma tragédia de grandes proporções. Em 2020, órgão recomendou substituição de bueiro por ponte.
Em 2019, o documento apontou avanço do processo erosivo em direção à rodovia e nas proximidades da escada dissipadora de energia, instalada na parte superior do bueiro. As manilhas destinadas à captação das águas da chuva que escorrem da rodovia BR-153 também encontravam-se danificadas. O relatório apontou ainda a obsolescência e dimensões incompatíveis da estrutura do bueiro.
A erosão provoca lentidão no trânsito da BR-153, em Aparecida de Goiânia e não tem prazo para ser reparada. A Defesa Civil interditou o trecho na manhã desta segunda-feira (6), quando identificou o agravamento de uma erosão nas proximidades do Córrego Santo Antônio.
Defesa Civil recomendou substituição de bueiro por ponte em 2020
Em 2020, outro relatório emitido pela Defesa Civil apontou a necessidade de substituição do bueiro por uma ponte, que possibilitaria melhor vazão da água e evitaria alagamentos devido à obstrução das manilhas com resíduos sólidos. O documento menciona que o bueiro estava em condições normais de uso, mas recomendou avaliação da obra por um engenheiro civil para averiguar as condições da estrutura, que é antiga e sofre o impacto do intenso tráfego de veículos.
No relatório, o órgão alega que realiza monitoramento constante do ponto, pois se trata de uma obra de grande importância devido ao fluxo de veículos que transita pelo local. “Sempre que encontrado irregularidades e/ou danos no bueiro a equipe da Defesa Civil informa a empresa responsável pela rodovia que realiza manutenção do local e evita novos alagamentos”, diz o documento.
Consequências da erosão poderiam ter sido trágicas, diz superintendente
O superintendente da Defesa Civil de Aparecida de Goiânia, Juliano Cardoso, afirma que o processo erosivo que culminou na interdição das vias da rodovia na última segunda-feira (6) poderia ter sido catastrófico.
“Desde 2019, quando a Defesa Civil foi criada em Aparecida de Goiânia, estamos monitorando de maneira constante e alertando que o problema da erosão iria acontecer ou que situações até piores do que ocorreram na última segunda-feira (6) eram iminentes em períodos chuvosos. O acontecido não ternou-se mais grave porque acionamos as autoridades assim que verificamos o agravamento do problema”, pontuou.
Ainda de acordo com Juliano, a forte chuva de domingo (5) elevou o nível de água, agravando a erosão no local. Ele explica que o intenso volume de águas provocou a destruição do ponto de lançamento das águas pluviais lateral ao bueiro que transpõe o Córrego Santo Antônio. Com isso, resultou em perdas de solo, formando um processo erosivo de grandes dimensões que atingiu a via.
O Mais Goiás questionou a Triunfo Concebra, responsável pela manutenção do trecho da rodovia BR-153, sobre as ações da empresa relacionadas às recomendações da Defesa Civil de Aparecida de Goiânia, mas não obteve respostas até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto para manifestação da empresa.