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Defesa Civil estima 2,1 milhões afetados por ciclone no Rio Grande do Sul

Treze pessoas morreram e duas estão desaparecidas; mais de 6.000 tiveram de deixar suas casas

Com a enxurrada, veículo foi jogado sobre as lápides de cemitério em Caraá, cidade próxima ao litoral norte do Rio Grande do Sul. - Maurício Tonetto/Secom
Com a enxurrada, veículo foi jogado sobre as lápides de cemitério em Caraá, cidade próxima ao litoral norte do Rio Grande do Sul. - Maurício Tonetto/Secom

A Defesa Civil estimou, nesta segunda (19), que 2,1 milhões de pessoas tenham sido de alguma forma afetadas de forma direta ou indireta pela passagem do ciclone extratropical no Rio Grande do Sul na noite de quinta-feira (15). O número equivale a cerca de 18,4% da população do estado, conforme o IBGE.

O estado registrou 13 mortes em oito municípios e mantém a busca por duas pessoas desaparecidas em Caraá, cidade próxima ao litoral norte que soma três óbitos até o momento. A cidade tem um dos piores cenários de devastação. Durante a enxurrada, um carro foi parar sobre as lápides do cemitério municipal.

Os demais município com mortes foram Maquiné (três vítimas), São Leopoldo (duas), Esteio, Gravataí, Novo Hamburgo, Bom Princípio e São Sebastião do Caí –nesta, um bebê de quatro meses engasgou, e os serviços de saúde não conseguiram chegar até o local devido ao isolamento causado pela água.

Conforme o último balanço da Defesa Civil, há 4.987 estão alojadas em abrigos públicos e outras 1.537 abrigadas em outros locais, mas fora de suas residências. Corpo de Bombeiros e Brigada Militar socorreram 3.700 pessoas e mais 800 animais de estimação.

Após a suspensão das aulas em 23 cidades na última sexta (16), as redes de ensino estão retomando atividades, mas ainda há parte das escolas da rede pública fechada em municípios da região metropolitana de Porto Alegre, como São Leopoldo e Novo Hamburgo e outras funcionando sem energia elétrica. Em Caraá, as aulas estão suspensas até o final da semana.