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Desemprego cai a 5,2% até novembro e renova mínima da série histórica

Resultado fica abaixo das projeções do mercado financeiro

Desemprego cai a 5,2% até novembro e renova mínima da série histórica Resultado fica abaixo das projeções do mercado financeiro
Imagem: Jucimar de Sousa

A taxa de desemprego do Brasil caiu a 5,2% no trimestre até novembro, após marcar 5,6% nos três meses encerrados em agosto, que servem de base de comparação, apontam dados divulgados nesta terça (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com o resultado, o indicador renovou a mínima da série histórica iniciada em 2012, mesmo em um cenário de desaceleração da economia com os juros altos.

Até então, a menor taxa havia sido de 5,4% até outubro deste ano. O IBGE, contudo, evita a comparação direta entre trimestres com meses repetidos, como é o caso dos finalizados em outubro e novembro.

A taxa de 5,2% veio abaixo da mediana das projeções do mercado financeiro, que era de 5,4%, conforme a agência Bloomberg.

Os dados do IBGE integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que investiga tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal.

No trimestre encerrado em novembro, o instituto encontrou 5,6 milhões de pessoas em busca de trabalho, o menor número de desempregados já registrado na série. Houve redução de 441 mil ante o intervalo até agosto.

Ao longo da Pnad, o maior contingente de desocupados ocorreu no trimestre finalizado em março de 2021, na pandemia de Covid-19. À época, o indicador chegou a quase 15 milhões de pessoas.

A menor desocupação da série foi acompanhada por um novo recorde do número de pessoas ocupadas com algum tipo de trabalho no país: 103 milhões. Houve acréscimo de 601 mil ante o trimestre até agosto.

Com isso, o nível de ocupação também renovou o maior percentual da série: 59%. Trata-se da proporção de pessoas de 14 anos ou mais que estavam trabalhando.

A coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, disse que o mercado de trabalho tem mostrado uma capacidade de retenção da mão de obra em um “nível muito satisfatório”.

Segundo ela, isso contribui para reduzir a busca por emprego, apesar de o país atravessar um período de juros altos e endividamento elevado das famílias.

“A gente pode afirmar que o ano de 2025 foi bastante satisfatório, porque o mercado de trabalho conseguiu assegurar, ou manter, os seus ganhos cumulativos. Por isso, estamos com a taxa de [desemprego] de 5,2%”, afirmou Adriana.

*Via Folha de São Paulo