Comida mais cara

Cesta básica ficou mais cara para goianienses em maio, segundo pesquisa

A cesta básica ficou 1,36% mais cara para os goianienses em maio deste ano. O…

A cesta básica ficou 1,36% mais cara para os goianienses em maio deste ano. O resultado é consequência da alta de 0,52% da inflação do município, impulsionada pelo preço dos alimentos e da energia elétrica. Os dados fazem parte do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), divulgado pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB) da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), nesta quinta-feira (7).

No comparativo desde janeiro de 2018, o índice é o maior. Além disso, a pesquisa aponta que a inflação de Goiânia foi a maior para o mês de maio desde 2015. Dentre os grupos analisados, os alimentos com maior alta foram batata inglesa (16,78%), pão francês (3,85%) e carne bovina (2,08%). Também tiveram alta a cebola (15,23%), repolho (15,51%), alface (5,71%), tomate (4,78%).

O gerente de pesquisa sistemáticas e especiais do IMB, Marcelo Eurico, explicou que durante a greve dos caminhoneiros, os produtos com maior alta foram aqueles que já apresentavam déficit nas prateleiras dos mercados. A batata inglesa, por exemplo, registrou aumento de 366% na última semana de maio e chegou a ficar em falta na Central Estadual de Abastecimento (Ceasa-GO).

Marcelo pontua que a paralisação das estradas teve um impacto pontual na inflação, quando analisado o índice semanalmente. Ele explica que com a chegada do período mais frio, alguns alimentos podem encarecer e continuar empurrando para cima o preço da cesta básica.

“Em maio o valor da cesta básica foi para R$ 300,39. Isso compromete 31,49% do salário mínimo do trabalhador. Essa variação foi bastante elevada este mês. Dos doze produtos pesquisados, nove tiveram elevação de preços, alguns em uma intensidade maior, como foi o caso de hortaliças, legumes e tubérculos e outros com intensidade menor”, esclarece o gerente.

Energia elétrica

Apesar da elevação da cesta básica, o maior aumento registrado pelo IMB em maio foi o do setor de habitação (1,52%). Neste aspecto, a responsável pela elevação dos números foi a energia elétrica que subiu 5,65% de preço. Marcelo aponta que a bandeira tarifária amarela foi a responsável pela alta dos preços.

Desde o dia 1° de maio, a bandeira adotada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é a amarela, o que significa que é cobrado R$ 1 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) de energia consumidos. “O consumidor já começou a pagar mais nas contas de luz desde o início do mês e isso teve impacto direto na inflação”, explica Marcelo.

Tendência

Para o mês de junho, Marcelo anuncia que os preços dos alimentos devem continuar elevados. Alguns gêneros alimentícios ainda não foram reabastecidos totalmente nas prateleiras dos supermercados de Goiânia. Por isso, há tendência de alta da cesta básica.

Em maio, no caso do setor dos transportes, foi registrado aumento de preço no óleo diesel (6,70%), gasolina comum (0,45%); motocicleta (3,80%). Contudo, o IMB acredita que este setor pode impactar mais significativamente a inflação de junho.

“Não há previsão de reajuste de nenhuma tarifa pública para este mês de junho. Mas a gente viu que os combustíveis já começaram o mês com valores bem superiores. isso com certeza vai impactar de maneira positiva o índice do mês de junho. Alimentos e transportes devem elevar os índices desse mês”, conclui Marcelo.