Aumento da inflação

Goiânia é a capital com maior inflação do país em setembro, aponta IBGE

Enquanto o país registrou a primeira deflação do ano no mês de Setembro (-0,04%), Goiânia,…

Goiânia apresentou alta e ganhou a primeira posição com o maior IPCA (0,41%) entre as capitais do Brasil. Os dados são do IBGE. (Foto: Mais Goiás)
Goiânia apresentou alta e ganhou a primeira posição com o maior IPCA (0,41%) entre as capitais do Brasil. Os dados são do IBGE. (Foto: Mais Goiás)

Enquanto o país registrou a primeira deflação do ano no mês de Setembro (-0,04%), Goiânia, do lado oposto, apresentou alta e ganhou a primeira posição com o maior Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) (0,41%) entre as capitais do Brasil. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

O principal responsável pela alta, segundo o levantamento, é o grupo de transporte, que registrou aumento de 2,8% e 5,83%, no preço da gasolina e etanol no último mês. A crescente no valor da gasolina, por sua vez, teve como consequência a variação do dólar e o ataque à refinaria na Arábia Saudita.

“Esse é o grupo que tem o segundo maior peso e isso está diretamente relacionado ao aumento da inflação. Ocorre que tivemos movimento anterior de aumento dos combustíveis que foi menor em Goiânia do que no resto do país. Então, no último mês, os postos aproveitaram para recuperar a margem perdida nos meses anteriores”, explica o chefe do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira.

Segundo ele, apesar de o preço do etanol não ser controlado pela Petrobras, o aumento da gasolina abre espaço para aumentar, também, o etanol. “Indiretamente dá essa margem de aumento do etanol porque aumenta a demanda e os postos acabam aumentando também o valor”, disse.

Grupo de alimentos

Além da alta dos preços dos combustíveis, o grupo de alimentos e bebidas também contribuiu para deixar Goiânia no topo da inflação. Depois de passar por queda, subiu 0,33% em setembro a nível nacional. Entre os itens que impactaram no bolso do consumidor estão óleo de soja (6,58%), leite longa vida (2,435) e arroz (1,83%).

“Estamos falando de itens básicos: combustível e alimento. São coisas imprescindíveis. É algo que impacta diretamente a vida do consumidor porque as pessoas batem o olho nos produtos e já se sentem mais pobres. Muitos não conseguem comprar o que compravam antes e não conseguem manter o mesmo padrão de vida”, relata.

Ainda conforme Edson, apesar de ter sido a capital com maior inflação do país em Setembro, Goiânia ainda permanece com o índice mais baixo a nível nacional em todo o ano. Segundo ele, a situação também tem relação com a taxa de desemprego na capital, que está abaixo da média do país. “A deflação no país ocorre em razão da baixa na economia. Não tem sido gerado emprego para aquecer a demanda e por isso o índice cai. Não é nada extraordinário, mas Goiânia tem um índice de emprego melhor do que o restante do Brasil. Isso dá margem maior para ajustarem os preços dos produtos”, informou.